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Em o Ovo da Serpente de 1977, o cineasta Ingmar Bergman , mostra, por meio de uma Berlim nebulosa e fria os anos imediatamente anteriores a ascensão do nazismo. Os apelos ao patriotismo e o sentimento de ódio aos estrangeiros e a todas as minorias estavam presentes em toda a parte. Culpar os diferentes pela miséria imposta aos alemães pelas reparações de guerra é visto em toda a parte da cidade e tratado com indiferença pela polícia, que assiste aos maus tratos aos judeus com a frieza desumana.
O filme retrata o ambiente pesado e sombrio de uma Alemanha que caminha silente rumo a própria destruição. Haveria um paralelo ao destino trágico experimentado por povo culto nos anos vinte e o que acontece hoje com a, cada vez mais possível, vitória de Donald Trump a presidência dos Estados Unidos?
Para alguns analistas a comparação entre as duas situações parece incabível e despropositada. Também os alemães que vivenciaram aquele período, anterior a 1933 e que culminou com a eleição de Hitler como chanceler, acreditavam que o pior já havia passado com a primeira grande guerra e tudo era uma questão de tempo para voltar a normalidade. Da mesma forma, quando se deu a candidatura de Trump, todos os mais prestigiosos analistas apostavam que sua trajetória política iria definhar conforme avançava o processo eleitoral.
Diziam na ocasião que ele iria desaparecer afogado na própria retórica xenófoba e preconceituosa. A realidade dos fatos mostrou que estas previsões estavam totalmente equivocadas. Escolhido agora como candidato oficial do Partido Conservador, mesmo contra a vontade de muitos de seus correligionários, Trump caminha pesado, como um elefante numa loja de cristais rumo à presidência da maior potência do planeta.
A afirmação de que não devemos nos preocupar com aquilo que não podemos mudar, não parece muito sensata, justamente quando se percebe que o paraíso parece ter se exilado para bem distante de nossa nossas cidades e civilização. Uma possível vitória desse fascista declarado, num planeta cada vez mais instável e violento, assolado por atentados terroristas e ondas massivas de refugiados fugindo da fome e de conflitos armados, é tudo o que o mundo não precisa.
Para o renomado professor e pensador norte americano, Noam Chomsky, o sentimento de desesperança, oriunda das camadas de americanos brancos, de meia-idade e de baixo nível de instrução e que representam a parcela que mais comparece às urnas, está impulsionando a popularidade desse candidato. “Trump está evidentemente encontrando eco em sentimentos profundos de ira, medo, frustração e desesperança, provavelmente entre setores como os que estão assistindo a uma elevação da mortalidade, algo inusitado exceto em épocas de guerra e catástrofes”, afirma Chomsky. Como afirma um personagem no filme de Bergman […] qualquer um que fizer o mínimo esforço poderá ver o que nos espera no futuro. É como um ovo de serpente. Através das membranas finas pode-se distinguir o réptil já perfeitamente formado.
A frase que foi pronunciada
“ Think big and kick ass ”. Jerome Valcke pensava parecido e foi banido da Fifa. Essa é nossa esperança em relação ao Trump.
John Smith, na feira da Torre
Estímulo
Micro empreendedorismo individual pode registrar como endereço a residência de quem trabalha por conta própria. É uma facilidade que pode estimular novos microempresários. O senador Cássio Cunha Lima elogiou a iniciativa e declarou que um dos maiores desafios é que o Brasil seja mais produtivo e competitivo e essa é uma possibilidade de estímulo.
Viciados em corrupção
Sem se incomodar com as consequências da Operação Lava Jato, ainda há políticos por todo o país cometendo as mesmas fraudes. Dessa vez a Operação Adsumus, do MPBA no interior da Bahia teve como consequência o afastamento do vice-prefeito da cidade de Caetano Veloso. Santo Amaro. Leonardo Pereira, e o secretário municipal de Administração, Desenvolvimento, Obras e Serviços da mesma cidade, Luís Eduardo Alves, foram afastados dos cargos.
HISTÓRIA DE BRASÍLIA Uma balbúrdia, a posse do sr. João Goulart. O cerimonial fracassou completamente, desde a primeira solenidade após a crise.(Publicado em 10/09/1961)