Na véspera do megaleilão de petróleo da cessão onerosa do pré-sal, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, minimizou o maior desastre ambiental na costa marinha do país. Segundo ele, um vazamento de óleo, como o que assola o litoral do Nordeste há mais de dois meses, pode ocorrer “em qualquer lugar do mundo”.
“Os fatos mostram que é de difícil monitoramento. O óleo veio parar no Brasil porque foi trazido pelas correntes marítimas. Não é um problema só do Brasil. São produzidos mais de 100 milhões de barris por dia em termos globais. Isso poderia ocorrer em qualquer lugar do mundo”, afirmou.
“Sobre o óleo, ao longo do tempo, com o aumento da exploração offshore (ou seja, no mar), tem sido aprimorado o controle da atividade ano a ano. No caso de algum acidente, esperamos que as ações que competem à Marinha, ao Ibama e à ANM (Agência Nacional de Mineração), além das empresas que operam nessas áreas, possam ser bem elaboradas e executadas. Claro que a prevenção tem que ser mais eficaz. Medidas preventivas virão, decorrentes do vazamento de óleo”, acrescentou.
O atual governo também pretende regulamentar o garimpo. “Não tem nada pior para o meio ambiente do que a atividade ilegal. Estamos tentando regulamentar algumas leis que já estão há muitos anos para serem regulamentadas”, disse.
Questionado, em café da manhã com jornalistas, nesta terça-feira (5/11), se o governo não deveria ter uma postura mais dura sobre preservação do meio ambiente, Albuquerque ressaltou que o governo está aberto ao diálogo.
“A questão da atividade garimpo transcende a vontade do governo, tem que ser uma postura do Congresso Nacional. Nós apresentamos a realidade que conhecemos, a partir da ANM que, em tese, deveria fiscalizar a atividade no território como um todo. O momento não só é oportuno, como exige a discussão. Estamos fazendo o que nos compete. Mas estamos abertos ao diálogo”, destacou.
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