As manchas de óleo que atingem o litoral do Nordeste brasileiro há exatos dois meses já comprometem 268 localidades, em 94 municípios dos nove estados da região. Desde 30 agosto, o rastro do vazamento de petróleo cru polui o oceano, mata a fauna marinha e suja praias dos principais destinos turísticos do país, sem que se tenha identificado a origem do derramamento.
O município de Maragogi, localizado no litoral norte de Alagoas, decretou estado de alerta máximo. Vários outros declararam situação de emergência. Municípios de Sergipe, Bahia e Pernambuco já tiveram a situação reconhecida pelo governo federal. Balanço do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) aponta que o pico de novas manchas ocorreu em 21 de outubro e não há tendência de queda.
Além de animais marinhos, como tartarugas, aves e peixes, encontrados cobertos pelo óleo, a contaminação já afeta a saúde de voluntários, que ajudam na limpeza das praias, uma vez que o governo brasileiro demorou para tomar uma atitude. Segundo especialistas, os resíduos podem demorar até 20 anos para sumirem completamente.
Laboratórios da França e da Noruega vão receber amostras do petróleo que vazou no Nordeste para que sejam identificadas suas características e origens. O trabalho está sendo coordenado pelo Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), representante de grandes petroleiras.
A ideia é corroborar o trabalho feito por pesquisadores brasileiros, que identificaram o óleo como sendo venezuelano, segundo o presidente do IBP, José Firmo. O governo brasileiro recorreu à Organização dos Estados Americanos (OEA) para cobrar manifestação da Venezuela.
Oficiais portuários suspeitam que o derramamento tenha ocorrido durante a transferência de petróleo de um navio venezuelano para outro com bandeira de um país não embargado pelos Estados Unidos para entrar em território norte-americano. Essa prática vem ocorrendo há muito tempo para driblar o embargo.
No entanto, imagens de satélite analisadas pelo Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis), vinculado à Universidade Federal de Alagoas (Ufal), detectaram um padrão característico de manchas de óleo no oceano que pode explicar a origem do vazamento dos resíduos no litoral do Nordeste. O local fica no sul da Bahia, a 54 quilômetros de distância da costa, nas proximidades das cidades de Itamaraju e Prado e dos campos de exploração do pré-sal.
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