A atriz Susana Vieira está em três novelas atualmente em exibição: a inédita Os dias eram assim e as reprises de Por amor e Senhora do destino. De qual das personagens dela você mais gosta?
É uma overdose! Susana Vieira pode ser vista em três novelas atualmente. Ela empresta talento às ambiciosas Cora, de Os dias eram assim, e Branca, de Por amor, e à lutadora Maria do Carmo em Senhora do destino.
É fã da atriz? Então se programe: Os dias eram assim (leia crítica da estreia da produção) é a única produção inédita das três e passa na Globo, às segundas, terças, quintas e sextas, por volta das 23h; Por amor é reprisada no Viva, de segunda a sábado, às 13h30 e às 23h30; e Senhora do destino está em cartaz no Vale a pena ver de novo, (saiba mais sobre a volta da novela) de segunda a sexta, após a Sessão da tarde.
Além de ser defendidas por Susana Vieira, as personagens têm mais uma coisa em comum: são movidas por amor. A Cora faz as delas: às vezes passa por cima das pessoas, mas se justifica dizendo que é para o bem do filho Vitor (Daniel de Oliveira). Branca Letícia também não é flor que se cheire: vive maltratando os filhos Leonardo (Murilo Benício) e Milena (Carolina Ferraz) em detrimento do preferido Marcelo (Fábio Assunção). Já a heroína Maria do Carmo passou a vida inteira atrás da filha que foi roubada quando criança. O amor a fazia sobreviver.
Camaleônica, Susana pode ser loira, morena, empresária, retirante nordestina, dama da sociedade carioca — tudo isso com o talento, a voz marcante e os olhões que acostumamos a amar.
Saiba mais sobre as personagens de Susana Vieira e diga: qual você prefere?
Cora — Os dias eram assim
A personagem começou a novela apenas como a mãe de Vitor e a principal articuladora do casamento dele com Alice (Sophie Charlotte). A trama foi avançando e Cora, botando as manguinhas de fora, sendo cada vez mais a favor do regime militar — desde que ele a trouxesse benefícios, naturalmente.
Entre idas e vindas, ela mantém um caso amoroso com Amaral (Marco Ricca). A primeira noite de amor entre a dondoca e o torturador teve direito a cenas de violência. Antes disso, porém, Cora tem uma noite caliente com o jovem Marcos (Eduardo Palagreco). O detalhe é que, na cena, o rapaz aparece nu. O ator de 23 anos garante que gravou as sequências sem usar tapa-sexo.
Branca Letícia — Por amor (1997)
Branca é daquelas vilãs clássicas de Manoel Carlos, dessas que têm nome composto e sobrenome: Branca Letícia de Barros Mota. A milionária não valia um tostão e foi um prato cheio para Susana Vieira, um dos personagens mais marcantes da carreira dela.
Dona de um texto afiado (salve, Manoel Carlos!), Branca era casada com Arnaldo (Carlos Eduardo Dolabella), mas a paixão da vida dela era mesmo Atílio (Antônio Fagundes, na fase pegador). As cenas das brigas de Branca com Milena chamavam a atenção pelas atrocidades que mãe e filha se diziam, assim como a disputa da vilã com Isabel (Cássia Kiss) por Atílio era recheada de ironia fina.
Maria do Carmo — Senhora do destino (2004)
Quando a escalação do elenco de Senhora do destino foi anunciada pela Globo, o nome de Susana Vieira para o papel de Maria do Carmo na trama de Aguinaldo Silva causou polêmica e estranhamento. Em mais de 30 anos de carreira seria a primeira vez que a atriz daria vida a uma nordestina, com direito àqueles sofríveis sotaques das novelas globais.
Mas Susana deu conta do recado direitinho, visse? Como mãe de Isabel/Lindalva (Carolina Dieckmann), Susana arrebatou vários prêmios. Além da menina, Maria do Carmo era mãe de Reginaldo (Eduardo Moscovis), Leandro (Leonardo Vieira), Viriato (Marcello Anthony) e Plínio (Dado Dolabella). Empresária de sucesso, ela dizia que ser mãe era a maior vocação da vida dela.
Susana Vieira deu um show de bola, especialmente na segunda parte da novela, quando os embates com Nazaré Tedesco (Renata Sorrah, inspiradíssima) ficaram mais frequentes. Maria do Carmo ainda proporcionou ao público ver a dobradinha de Susana com José Wilker, intérprete do bicheiro Geovanni Improta. Apaixonado por ela, ele a transformou simplesmente no enredo da escola de samba fictícia da trama. As cenas foram gravadas na Sapucaí, durante a passagem da Grande Rio na avenida no carnaval de 2005.
