Maria Antônia é a nova MasterChef Brasil
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Maria Antônia derrota Hugo e vence o MasterChef

Publicado em Reality show

A gaúcha Maria Antônia venceu a oitava temporada do MasterChef Brasil nesta terça-feira (31/7), derrotando na final o paulista Hugo.

Além do troféu, a moça levou para casa R$ 200 mil; uma bolsa de estudos na Le Cordon Bleu, em Paris; um carro C4 Lounge; eletroportáteis e utensílios de cozinha; uma viagem para a Itália para acompanhar a final do Worldpasta Championship; R$ 1 mil por mês durante um ano para fazer compras com o cartão Carrefour; e ainda vai criar uma receita exclusiva de molho de tomate para a linha Pomarola Chef.

Hugo não ficou a ver navios e ganhou uma bolsa de estudos na Le Cordon Bleu Ottawa, no Canadá e R$ 1 mil por mês durante um ano para fazer compras com o cartão Carrefour.

A prova da final, cujo resultado foi divulgado ao vivo, era criar um menu completo (entrada, prato principal e sobremesa) que fosse saboroso e coerente.

Saiba como foi a grande final do MasterChef!

Como manda o figurino, o mezanino estava ocupado pelos outros participantes do MasterChef e por familiares de Hugo e Maria Antônia. No estúdio, uma plateia com cerca de 200 pessoas assistiu ao vivo ao VT da prova e à abertura do envelope com o resultado.

Depois de vários clipes e muita enrolação — quase às 23h — a gente começou a ver a prova, que, afinal de contas, era o que importava na noite.

Próxima edição do MasterChef Brasil será em 21 de agosto
Próxima edição do MasterChef Brasil será em 21 de agosto

Hugo bolou o menu Meu mundo no prato e Maria Antonia foi de La dolce vita. Com um mezanino barulhento a favor de Hugo (apenas Vinícius, Thiago e Eliane declararam torcer contra ele), Maria Antonia ouviu os jurados Henrique Fogaça, Erick Jacquin e Paola Carosella concordarem que o cardápio dela era mais complexo.

A etapa inicial foi marcada por Maria Antônia queimando um pão e tendo dificuldade no tempo do ovo mollet. Hugo se enrolou na hora de limpar os camarões e ainda ouviu uma provocação de Fogaça. “Só isso?”, perguntou ao chef ao ouvir o que iria provar de entrada. “Só, não. Eu acredito muito no prato”, respondeu um confiante Hugo.
A primeira entrada a ser servida foi a de Maria Antônia: ragu de cogumelos com ovo mollet, trufas e torrada. A primeira dificuldade foi vencida: os três elogiaram o ponto do ovo e o tempero. “É um prato de bistrô”, diz Fogaça. “É muito saboroso, tem aquilo que a gente procura. É um belíssimo trabalho. Mas tem que ter cuidado porque uma entrada muito boa eleva nossas expectativas”, completa Paola.

Hugo serviu de entrada camarões no vapor no caldo de tucupi e capuchinha. Paola destaca o tucupi e a apresentação, mas critica o ponto do camarão, que cozinhou demais. Jacquin concorda e avalia: “é brasileiro e está no caminho certo, não desanima.”

“Os dois estão de parabéns. As entradas estão melhores do que as dos profissionais”, disse Jacquin.

Hugo apostou nos sabores brasileiros e na cozinha contemporânea
Hugo apostou nos sabores brasileiros e na cozinha contemporânea

O primeiro passo do prato principal de Hugo foi desossar o coelho, de uma maneira que quase leva Paola Carosella à loucura — “não é assim que se faz, menino!”.

Nervoso, ele ainda queima o óleo onde faria o ragu de coelho. Jacquin e Paola ainda não estavam convencidos de que um pirão de leite era um bom acompanhamento. Os problemas continuam do lado de Hugo: a panela do coelho não pegou pressão direito e o leite do pirão derramou.

Já Maria Antônia estava mais segura e começou de maneira certinha. Mas ela se esqueceu de pegar o tomate do molho para o ragu. Um cheiro de queimado vindo da panela de pressão onde está cozinhando o tutano assusta a gaúcha, mas ela percebe que não queimou. Apesar de estar acostumada a fazer massa em casa, Maria Antônia erra a mão e tem muita dificuldade em abrir a massa.

Desta vez é Hugo que começa a apresentar o prato. Ele serve ragu de coelho ao pirão de leite e brotos de agrião. Hugo precisou defender o pirão de leite (“é bem brasileiro e está muito temperado e aromatizado com ervas”). Jacquin se surpreendeu e elogia a ousadia e o ponto do coelho. “Achei que ia ser comida de bebê, mas me surpreendi para o positivo”, diz o francês. Paola destacou a elegância do prato e, especialmente, o pirão de leite. “Nenhum de nós apostou no prato e os três estávamos errados”, completou.

Maria Antônia vem de pappardelle com ragu de vitela e farofa de tutano. A cozinheira não estava muito confiante. “A massa não está perfeita mesmo, mas é bom o prato. A farofa é muito boa”, avalia Fogaça. Paola elogia o ragu e a farofa “incrível” e lembra que a massa precisava de 30 segundos a mais na água.

“Vocês dois trabalharam muito bem e nos surpreenderam”, afirmou Jacquin. “É a melhor final amadora disparada. São pratos de restaurantes. Agora, quem vai decidir é a sobremesa!”, concordou Paola.

Mais animado, Hugo disse estar vivendo um sonho. Mas se enrola todo ao explicar a sobremesa. “Não fala mais… vai que não dá certo”, aconselha Paola. Jacquin se espanta quando Hugo coloca água na panela onde cozinha maçãs: “Eu não faria isso de jeito nenhum”. O rapaz ainda se atrapalha ao usar o nitrogênio, que, em excesso, pode fazer o sorvete passar do ponto.

Maria Antônia não se deixou abater pelas críticas à massa, mas lembrou que sobremesa não é o forte dela. Na verdade o fraco da gaúcha era mesmo a memória: ela ia fazer um tiramisù e esqueceu de pegar café, um dos principais ingredientes do doce italiano. O ponto do sorvete também é problema para Maria Antônia, que, segundo Paola, pode ter colocado a massa ainda quente na máquina.

É Hugo quem resume o que está acontecendo: “tem um sorvete que não gelou e outro que gelou demais. E agora?”

E agora que Maria Antônia leva seu biscoito champanhe com sorvete de mascarpone e calda de chocolate. “É o tipo de sobremesa que você come na italiana, o sorvete não está na textura ideal, mas está saboroso. Não está perfeito, mas fecha muito bem o seu cardápio”, avaliou Paola. Fogaça foi mais duro: “eu esperava mais”.

Hugo fechou sua participação com torta de maçã com sorvete de cumaru. Jacquin elogiou bastante, gostaria de um pouco mais de açúcar, mas destacou a modernidade. Fogaça criticou a falta de açúcar e a presença discreta do cumaru no sorvete. “É bem pensada, é light”, disse o chef. “Está boa, mas não é inesquecível”, disse Paola.

Já ao vivo nos estúdios, Ana Paula Padrão enrolou mais o público, quase nos mata de sono e ansiedade. Jacquin ainda revelou que será pai de gêmeos, levando Ana Paula e Paola às lágrimas.

Emocionada, Ana Paula chamou o intervalo e depois abriu o envelope onde estava escrito o nome do novo MasterChef Brasil: Maria Antônia!