Repletos de avaliações de que o “pior já passou” para Michel Temer, os aliados do governo acreditam que o próximo desafio do presidente será escolher entre manter a recessão — com cortes profundos de despesas, sem aumentos salariais e grandes projetos — e uma guinada nos gastos, o que, inevitavelmente trará inflação. Até aqui, as indicações são de que ele pretende se manter firme no papel de presidente das reformas, com ares de que não se incomoda com a impopularidade.
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Temer age, nesse quesito, mais ou menos como fez Fernando Henrique Cardoso, então ministro da Fazenda em 1993, quando o Plano Real engatinhava. FHC repetia diariamente que dizia não a aumentos de gastos expressivos naquele momento para dizer sim mais à frente.
Sem rua, não vai
Por mais que o governo de Michel Temer seja impopular, analistas consideram que está cristalizada uma percepção pragmática do eleitorado que, pelo menos até aqui, não foi às ruas pedir o afastamento do presidente: mudar agora não resolveria nada.
Fase um, fase dois
Para quem conhece a sistemática de
liberação de emendas, o jogo de Temer está definido: no primeiro semestre, empenhos, ou seja, promessa de liberação de recursos. Agora, neste segundo semestre, a liberação efetiva coincidirá com o período em que o governo deseja retomar a votação da
reforma da Previdência.
O eleitor rejeita todo mundo
O Instituto Paraná Pesquisa foi às ruas sondar os eleitores sobre 2018. Descobriu que, a preços de hoje, o eleitor não “comprou” nenhum candidato. A rejeição mais baixa é de João Doria: 42,2%. A de Geraldo Alckmin é de 54,1%; Bolsonaro, 53,9%, Ciro Gomes, 50,2%. Os detalhes
estão na edição da revista IstoÉ, que contratou a pesquisa.
E o Lula?
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva aparece como o mais rejeitado, 55%. Porém, vence em todas as simulações de segundo turno.
Esquerda, volver!
A guinada do PT às origens começa a mexer com as alianças estaduais.
O senador Armando Monteiro Neto (PTB), pré-candidato a governador de Pernambuco, foi praticamente abandonado pelos petistas no estado, que já falam em candidatura própria ao Palácio das Princesas.
A moça da janela
A inspiração de Chico Buarque em seu novo álbum Caravanas tem nome: Carol Proner (foto). Professora titular da UFRJ, doutora em direitos humanos e direito internacional, Carol tem luz própria. Dirige o Instituto Joaquín Herrera Flores, de direitos humanos, ligado à Universidade de Sevilla. Recentemente, tirou uns dias de férias com o compositor em… Paris. Eis que agora surge o novo trabalho de Chico. Uma das poucas fotos em que o casal apareceu junto foi postada, dia desses no Facebook, por Gregorio Duvivier. Foi um frisson no meio artístico para saber quem era a loira da janela.
Aliás, sabe a nova música Tua cantiga, que já tem inclusive um clip oficial no YouTube? Pois é. Adivinha para quem? Ah, o amor! Alguém conhece maior força inspiradora? Carol, os fãs do cantor e compositor agradecem.