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Esquerda dividida: PDT e PSB pretendem deixar de lado a hegemonia do PT

Publicado em coluna Brasília-DF
Coluna Brasília-DF/ Por Denise Rothenburg

A disputa da oposição

Enquanto o presidente eleito, Jair Bolsonaro, monta a equipe e conversa com os partidos de centro, os de esquerda se dividem entre o PT e os outros. O bloco capitaneado pelo PDT e PSB pretende deixar de lado a hegemonia petista nesse campo político. Os petistas reclamam de isolamento, mas, pelo andar da carruagem, apesar dos 47 milhões de votos de Fernando Haddad e da eleição da maior bancada, a avaliação geral dos partidos de centro-esquerda é a de que o ciclo do PT está esgotado.

Em tempo: a contar pelo raciocínio dos partidos de centro e centro-direita, essa avaliação de esgotamento do ciclo petista pode ser equivocada. Em conversas reservadas, os caciques dizem que a hora é de ajudar o presidente eleito, Jair Bolsonaro, para que dê tudo certo e o PT não tenha chance de uma volta triunfal em quatro anos.

O Sr. Energia

As estantes vazias ao fundo da sala do professor Luciano de Castro, que leciona na Universidade de Iowa, nos Estados, deram ontem a certeza de que ele já está com tudo pronto para voltar ao Brasil. Ele será o Czar do setor elétrico no governo Jair Bolsonaro. É hoje uma das maiores autoridades brasileiras nesse tema.

Vai dar ruim

Se o juiz Sérgio Moro sair hoje da casa do presidente eleito, Jair Bolsonaro, como futuro ministro da Justiça, há quem aposte que Luiz Inácio Lula da Silva vai deitar e rolar na audiência do próximo dia 14 de novembro e que o magistrado perderá a isenção inerente ao cargo que ocupa.

Marcação de estilo

As idas e vindas do presidente eleito, Jair Bolsonaro, sobre a fusão de ministérios só termina em dezembro. Até lá, as pressões e contrapressões continuam com força total. Há quem diga, inclusive, que essa discussão definirá o estilo: se bater o pé e não mexer em nada, poderá caracterizar autoritarismo. Recuar um pouco, faz parte de um governo marcado pelo diálogo e que aceita quando está errado. Ceder em tudo, entretanto, pode denotar fraqueza. Quem o conhece garante que ele ficará no meio-termo.

Enquanto isso, no STF…

Conforme antecipou a coluna Brasília-DF, o Supremo Tribunal Federal votou unido a favor da liminar da ministra Cármen Lúcia garantindo a liberdade de pensamento e de expressão nas universidades. Todos os atos que vieram nesse sentido, de assegurar a democracia, terão a aprovação geral.

Por falar em democracia…

Bolsonaro aproveitará a viagem a Brasília, na semana que vem, para reforçar a mensagem de paz e harmonia entre os Poderes. Da parte do presidente eleito, a ordem é tirar de cena qualquer vínculo do futuro governo à pecha de fascismo que opositores tentam lhe impor.

Renan na muda/ Reeleito, o senador Renan Calheiros (foto) disse à coluna que, “no momento”, não se coloca para disputar a Presidência do Senado. Como um bom político, primeiro vai sentir o terreno.

Marta na lida/ Embora não tenha se candidatado a um novo mandato, a senadora Marta Suplicy (MDB-SP) está disposta a ajudar Simone Tebet (MDB-MS), caso a líder deseje concorrer ao comando da Casa. Marta mantém uma boa interlocução com parte do PT e dos partidos de oposição.

Enquanto isso, no plenário…/ Chamou a atenção a conversa entre a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e o senador Aécio Neves, no plenário. Ambos serão deputados no ano que vem.

Recesso à frente/ O feriadão deve se prolongar para a semana que vem. É que em 7 de novembro termina o prazo para que parlamentares prestem contas dos gastos de campanha. Tem muita gente que será obrigada a ficar no estado para terminar esse serviço.