Pesca do PSL
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18 deputados estão na iminência de deixar o PSL

Publicado em coluna Brasília-DF
Coluna Brasília-DF

Os partidos aliados ao Planalto já armaram suas redes para conquistar parlamentares do PSL. Sim, redes. O cálculo de muitos é o de que pelo menos 18 deputados estão na iminência de deixar a legenda. Só não saíram ainda porque precisam dar um jeito de evitar perder o mandato por infidelidade partidária.

Se os parlamentares conseguirem estender para os deputados estaduais e federais a janela para troca de partido em abril de 2020, quem terá dor de cabeça é o presidente do PSL, Luciano Bivar. Nesse cenário, o PSL encolherá de 53 para 35 deputados, menor que o PT (54), PP (38) e o PSD (36).

O risco é o PSL perder ainda mais posições na Casa. O PSDB, hoje com 32 deputados, o Republicano (antigo PRB), com 31, e o DEM, com 28, não veem a hora de atrair esses 18. Se nada mudar, o partido de Bolsonaro, que já foi comparado ao antigo PRN, de Fernando Collor, não durará nem um mandato como protagonista na Câmara. E pelo menos a curto prazo, nada indica que o partido terá paz.

Brigou com a turma toda

Em meio à discussão do projeto que altera a lei de TV por assinatura (serviço de acesso condicionado), o governo pressiona para incluir uma emenda para que a Agência Nacional de Telecomunicações passe a precificar os canais, ou seja, uma espécie de tabelamento. Nos bastidores, a ideia da emenda é dar a SBT, Record e a quem mais chegar o mesmo valor da Globo.

Brigou com os americanos

Só tem um probleminha: a intenção desse quase “tabelamento” de preço de canais brasileiros contraria as leis de mercado e mexe com todo mundo. Hoje, quem tem mais público e investe milhões em conteúdo acaba conseguindo um preço melhor por seu canal.

Não é à toa que a emenda ao projeto provocou uma corrida ao Congresso esta semana. Canais como os da Time Warner, AT&T, HBO e Disney têm conteúdos mais caros e com mais público. O projeto está hoje na pauta da Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado.

Os recuos de Davi

O pé no freio dado ontem na reunião de líderes a respeito do projeto dos partidos mostra que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), não está disposto a se “queimar” para ajudar as legendas. Os parlamentares querem saber se ele fará o mesmo em relação à Lava-Toga.

“Não é possível que não tenhamos 41 senadores enxergando que esse projeto representa um retrocesso”

Da senadora Simone Tebet (MDB-MS), logo pela manhã, sobre a propostas de mudanças na legislação eleitoral e partidária. À noite, teve mais que isso: a casa inteira, em votação simbólica.

Quando eles têm apoio…/ Entre os projetos de estudantes exibidos no stand da Oracle Education Foundation, chama a atenção um videogame para que crianças com câncer aprendam a entender melhor a doença e a fortalecer o próprio organismo. Foi desenvolvido por quatro jovens, de 15 a 18 anos.

E a Dilma, hein?/ A ex-presidente Dilma Rousseff não perdeu a chance de comentar a entrevista do ex-presidente Michel Temer ao Roda Viva esta semana: “Temer cometeu novo ato de sincericídio: admitiu que eu sofri um golpe de Estado e disse que, se Lula tivesse ido para o meu governo, não teria havido o impeachment”.

Veja bem/ Entre os petistas, entretanto, o “se” que eles colocam é outro. Dilma não aceitou os conselhos de Lula no início do mandato, tampouco abriu a guarda para que ele pudesse ser candidato em seu lugar, em 2014. “Se” tivesse aceitado, a história teria sido outra. Agora, com o leite derramado, não adianta mais falar de Temer.

Enquanto isso, no governo…/ Secretários de Agricultura do Maranhão e da Bahia, ambos de partidos adversários ao presidente Jair Bolsonaro, parabenizaram a ministra Tereza Cristina, da Agricultura e Pecuária, pela forma como o governo trabalha para evitar que a peste suína entre no Brasil. A peste assola hoje os rebanhos chineses e já foi detectada, inclusive, na Irlanda, em carne enlatada. Por aqui, não há casos registrados. A ministra, aos poucos, vai reduzindo resistências na sua área nos partidos de oposição.