VISTO, LIDO E OUVIDO

Publicado em Íntegra

circunha@gmail.com; aricunha@ig.com.br

Colaboração: Mamfil
Reformas substanciais no ensino exigem tempo e persistênciaGovernos mudam  a cada quatro ou oito anos, num processo  contínuo de alternância de poder que favorece e revigora a democracia. Ocorre, no entanto,  que o tempo político muitas vezes não coincide com o tempo em que a sociedade e o país necessitam para implementar transformações verdadeiramente profundas e duradouras. Neste caso como conciliar o tempo de governo com o tempo de maturação de reformas, que , por si só, são necessárias até mais do que décadas para se efetivarem? Esse parece ser o caso  específico da educação brasileira.  Estratégias que visem revolucionar  de fato o sistema de ensino. Instrução e educação necessitam , além do tempo de uma geração inteira e interatividade com a família, persistência  e foco no que foi estabelecido, e blindagem contra as investidas de políticos interesseiros que se utilizam da bandeira da educação apenas para fins imediatos da própria eleição. Educação não deve ser bandeira desse ou de qualquer outro governo, mas objetivo de Estado e nação com vistas sempre às futuras gerações. O caso típico desse modelo de longo prazo pode ser conferido na Coréia do Sul. Todos os indicadores positivos alcançados por aquele país, para o setor,  foram estabelecidos nas décadas passadas, num processo que se sabia lento, porém seguro e duradouro. Na contramão desse exemplar modelo, seguimos no vazio, com planos para a educação que não passam de slogans publicitários, confeccionados por marqueteiros de plantão , cujo o vigor se esgota, tão logo se encerrem as eleições.A chamada “Pátria Educadora”, lançada com pompa pela presidente Dilma a pouco mais de nove meses, nem bem venceu o período de gestação ,  e já é considerada, por muitos , um natimorto.As mudanças de ministros, feitas ao sabor das exigências da base de areia e os cortes de até R$ 10,5 bilhões no orçamento da pasta, demonstram, na prática, que ainda não será desta vez que a educação vai experimentar transformações verdadeiras. Enquanto não se leva a sério, este que talvez seja o setor nevrálgico do país, o Brasil continua a amargar os últimos lugares nos ranking sobre educação, como é o caso do 60º lugar, numa lista de 76 países, na qualidade do ensino , segundo a OCDE.Relatório da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), revela que o Brasil alcançou  apenas duas , das seis metas estabelecidas há quinze anos (2000 a 2015) durante a Cúpula Mundial de Educação em Dakar, no Senegal. Apenas o acesso universal ao ensino primário e a igualdade de gênero foram atingidos, assim mesmo parcialmente. Ficaram de fora a expansão da educação na primeira infância; o acesso igualitário de jovens e adultos à aprendizagem e a habilidades para a vida; a redução de 50% nos níveis de analfabetismo de adultos até 2015 e, por fim, melhorar a qualidade de educação e garantir resultados mensuráveis de aprendizagem para todos. Uma nova reunião mundial será realizada em maio na Coreia do Sul para traçar objetivos para o período de 2015 a 2030.Quem sabe não é chegada a hora de confiar um plano de metas ,que revolucione a educação brasileira, à uma junta permanente de especialistas na área, fora das pressões políticas de governos e sob a supervisão direta de todos os cidadãos interessados na questão?

A frase que não foi pronunciada:“Já passou da hora de os juízes que se preocupam com o país iniciarem uma greve relâmpago. Nada de pneus queimados ou megafones. A Justiça deveria julgar em tempo recorde todos os processos que envolvem políticos. Isso sim é greve!”Um juiz quer colocar o país centrado nos trilhos do desenvolvimento.Outro ladoSenador José Agripino se defende das acusações de ter recebido doação eleitoral ilícita. Ele explica  que a Procuradoria Geral da República já investigou o caso em 2012 e arquivou pela inexistência de indícios que confirmem a acusação.CientíficoBelo trabalho será apresentado a partir de amanhã na UnB. Desafios para o envelhecimento saudável. Trata-se da V Jornada Científica da Liga Acadêmica de Gerontologia e Geriatria da Universidade de Brasília. 

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