Um ano para não esquecer

Publicado em ÍNTEGRA

Desde 1960

jornalista_aricunha@outlook.com

com Circe Cunha e MAMFIL

O ano de 2017 tem tudo para se transformar em mais um para não ser esquecido. E a causa para tanta expectativa se dá justamente pelo que parece ser o início da tão aguardada República. Finalmente parece que estamos no limiar de uma reformulação do Estado, de um lado, impelido pela força avassaladora da opinião pública e, de outro, pelas mega investigações levadas a cabo pelo Ministério Público com o auxílio da Polícia Federal.Poucos anos atrás, seriam consideradas néscias as pessoas que acreditassem que a revolução brasileira viria não por força das espadas, mas pela materialização incisiva da letra da lei. Hoje, ensaia-se a movimentação de nova Coluna Prestes, também a partir do Sul do país. Só que, desta vez, no lugar de militares idealistas, o que se vê são jovens juízes e promotores da Justiça.A exemplo daquela marcha pioneira que percorreu o país por mais de dois anos entre 1925 e 1927, por todo canto, vai angariando apoios entusiasmados na forma de aplausos calorosos, quando até o Hino Nacional é entoado. Traçar um paralelo entre aquele episódio, perdido quase um século atrás, e o que ocorre agora no país não é acreditar na falsa repetição histórica, mas, e antes de tudo, saborear o fato de que sempre é possível ter esperança. Principalmente, quando se observa que todos os pressupostos para a superação da precocemente envelhecida República pós-1988 estão postos. A prova disso é que os principais personagens políticos que ainda insistem e relutam na manutenção do antigo status quo vão se perfilando lentamente no longo corredor que parece levar aos tribunais.

Não se trata de comemorar o encarceramento final da secular fidalguia política, mas o fato de apenas antevermos o nascimento de um verdadeiro Estado Democrático de Direito já é algo alentador para muitos brasileiros que, por gerações, jamais sonharam que esse dia vai raiar. Num futuro distante, quando os historiadores se debruçarem sobre este período em particular, sem dúvida haverão de concordar — maior do que a própria independência de 1822, a nova coluna da esperança que agora experimentamos adentrar o país poderá significar o verdadeiro marco zero de nossa trajetória histórica e fecundar um novo Brasil. Agora, se nada disso se realizar de fato, melhor irmos deitar eternamente em berço que cremos ser esplêndido ao som do mar e à luz do céu profundo.

A frase que foi pronunciada
“O Brasil não tem esquerda nem direita. Tem é um bando de gente interessada em roubar.”

Diogo Mainardi

Chega!
» Em plena luz do dia, no estacionamento do Centro Brasileiro de Visão, ladrões faziam a festa. Depois de abrir os carros com o golpe de ferramenta na porta, levavam de cadeirinha de bebê o pneu reserva. A população de Brasília precisa ver o resultado de tantos impostos pagos. Sra. Marcia de Alencar, é preciso mais polícia nas ruas.

Celan
» Decepção para a pequena Sofia. Depois de esperar meses para a volta às aulas, foi para a escola e logo voltou para casa. O Celan não tinha professores para a turma. O primeiro dia de aula ser na sexta-feira parece provocação. Convocar os alunos e não atendê-los é falta de respeito. Péssimo exemplo.

Reação
» Se Bolsonaro vai ou não vai dar palestra no UniCeub já não é o foco das atenções. Triste é ver uma juventude fechada às próprias ideias, sem querer ouvir quem pense diferente. São pessoas com menos de 30 anos de idade que não aceitam opiniões diversas. Recusam-se a ouvir ou debater com argumentos.

Release
» A Belini Café – The Coffee Experience, na 114 Sul, recebe a primeira edição, de 2017, da Enova, tradicional feira de produtos autorais. O evento será no dia 12 de fevereiro, das 10h às 18h, e tem como tema A preço de banana. O objetivo é divulgar o trabalho de novos artistas, artesãos, designers e estilistas de Brasília. Quem passar por lá poderá encontrar artesanato, acessórios, doces, guloseimas, calçados, bijuterias, semijoias, maquiagem, patchwork, moda feminina, masculina, infantil e muito mais, tudo com preço bem convidativo.

Artigo 15/MP 765
» “§ 4º – A base de cálculo do Bônus de Eficiência e Produtividade na Atividade Auditoria-Fiscal do Trabalho será composta por cem por cento das receitas decorrentes de multas pelo descumprimento da legislação trabalhista, incluídos os valores recolhidos, administrativa ou judicialmente, após inscrição na Dívida Ativa da União.”

Opiniões
» Ao destinar à gratificação dos fiscais da Receita Federal o total das multas tributárias arrecadadas, a Medida Provisória nº 765 não só aumenta o custo Brasil como também estimula a criação de uma indústria de multas, critica o tributarista Igor Mauler Santiago, autor de parecer que será votado, na terça-feira, dia 14, pelo Conselho Federal da OAB. “Os contribuintes precisam acordar para essa ameaça”, alerta Santiago. O parecer propõe que a entidade entre com uma ação direta de inconstitucionalidade (ADI) contra a MP nº 765.

História de Brasília
Aldo V. de Magalhães, Folha da tarde (P. A.) – Dentro da lógica, não tem futuro. Na lógica janista, tudo pode acontecer. Até sua volta ao poder. Como? Sempre é ele, o único que sabe. (Publicado em 22/9/1961)

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