Campo da esperança e paz

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VISTO, LIDO E OUVIDO, criada desde 1960 por Ari Cunha (In memoriam)

Hoje, com Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade

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Foto: gov.br

 

         Não foram poucas as vezes em que o Governo do Distrito Federal alertou o chefe do Executivo para o perigo tanto da construção de um presídio de segurança máxima nos arredores da capital, como da transferência de presos de alta periculosidade para as prisões de Brasília. Não foram poucas também as justificativas dadas para que a capital do país ficasse resguardada do convívio próximo de lideranças do crime organizado.

         Pelo fato de abrigar, em seu território, todas as representações diplomáticas e organismos internacionais com os quais o Brasil se relaciona, a capital, desde sua criação, foi considerada como área de segurança. Além disso, é aqui também que estão sediados os 3 Poderes da República, todos os ministérios e demais órgãos da administração nacional, alguns deles de vital importância para o controle de todo o Estado.

         Por essa e outras características próprias, o Distrito Federal não pode, de forma alguma, experimentar e vir a sofrer ataques do crime organizado, como os observados rotineiramente em outras partes do país, com saques ao comércio, queima de ônibus, guerras entre gangues e outros atentados de grande monta perpetrados por essas quadrilhas, que, em muitos casos, chegam a decretar a paralização total das atividades urbanas.

         Para Brasília, isso seria uma calamidade, com repercussões em todo o mundo. Com a vinda desses líderes do crime para a capital, não ficariam descartadas também a possibilidade de sequestro e mesmo a morte de autoridades. Depois de fazer ouvidos moucos aos seguidos pedidos feitos pelo governo local para manterem as organizações criminosas e suas lideranças bem longe do quadrilátero da capital, o Governo Federal não só construiu um gigantesco complexo penitenciário de alta segurança nos arredores de Brasília, como ainda trouxe para essas prisões os maiores chefões do crime organizado em operação no país, instalando-os por aqui, sem dar a mínima explicação para essa perigosa atitude.

         Agora, segundo aqueles que acompanham o desenrolar desse caos anunciado, é tarde demais para aceitar que o GDF estava coberto de razões. Não é demais reconhecer agora que as principais facções do crime brasileiro estão atuando não só em 24 estados da Federação como estão operando aqui também, bem no coração do Brasil.

         A vinda desses chefões para a capital foi seguida também por todo o staff do escritório do crime, formado por pombos correios, travestidos de advogados, familiares, contadores, olheiros e demais hierarquias do crime, que passaram a se instalar nos arredores da capital, prontos para executarem as ordens vindas diretamente de dentro do presídio de alta segurança.

          O poderio dessas facções criminosas é surpreendente. Seus representantes, disfarçados em lideranças sociais, conseguem até agendar encontros com autoridades do governo, como foi o caso recente da chamada “Dama do tráfico amazonense”, que esteve no Ministério da Justiça. A imagem de bandido pés de chinelo ficou no passado.

          Hoje, essas organizações do crime reúnem em torno de dezenas de milhares de comparsas, movimentando bilhões de reais por ano. Contando com armamentos de última geração, que chegam fácil nas mãos dos bandidos por meio de nossas extensas e mal policiadas fronteiras, esses bandos começaram também a se submeter a intensos treinamentos paramilitares e estão prontos para tudo.

          Não se sabe ainda como essa situação delicada vai terminar por aqui, mas seja como for, a cada dia fica mais difícil para a capital se desvencilhar dessa proximidade perigosa e cortar esse mal pela raiz.

 

A frase que foi pronunciada:

“Apurou-se que parte dos comandos que chegava aos faccionados soltos – que, no PCC, integram a chamada ‘sintonia da rua’ – era transmitida por faccionados presos.”

Da Polícia Civil para o Correio Braziliense

Foto: Lucio Bernardo Jr.

 

Mãos à obra

Campus da UnB está fervilhando com novas construções. Ao todo, são 9 edificações para a faculdade de agronomia, biotecnologia, medicina veterinária e saúde. “Propusemos a criação da Comissão Permanente de Infraestrutura para melhorar esse aspecto que é tão sensível na nossa Universidade e no serviço público em geral. Uma das atribuições dessa comissão é acompanhar as obras que estão em curso e isso tem acontecido periodicamente. A comissão é bastante atuante”, afirmou a reitora Márcia Abrahão ao jornal da UnB.

Foto: Mozaniel Silva/Secom UnB

 

Surpresa

Por falar em UnB, com milhares de alunos em Brasília, o jornalista Paulo José reuniu o apreço de duas gerações quando foi a uma festinha de formatura do Ensino Fundamental. Pais e avós das crianças o reconheceram e não deixaram de lhe dar um abraço.

Jornalista Paulo José. Foto: editoracontexto.com

 

História de Brasília

Nós, que queremos ajudar a administração do DCT, temos um caso a citar hoje. A Casa da Louça, de Itabana, Bahia, mandou uma carta, pagando 10 cruzeiros de selos para a Mercantil Garboggini Ltda, em Salvador. (Publicada em 28.03.1962)

Livro aberto

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Charge do Silvério
Enquanto não se sabe qual o destino das dezenas de bilhões de reais que o governo federal jura ter destinado aos estados para conter a crise do Coronavírus, a população continua sem saber onde foram parar os milionários hospitais de campanha que foram erguidos pelo país afora.
São questões fundamentais que necessitam de resposta para ontem, antes que a montanha de mortos dessa pandemia se transforme numa cordilheira. De fato, não há respostas para nenhuma dessas questões. E é certo que não virão tão cedo. A não ser que o Tribunal de Contas da União (TCU) cumpra o dever cívico de cobrar respostas e esclarecer o mistério.
Enquanto os órgãos de fiscalização parecem entorpecidos pela pandemia, a incúria com os escassos recursos públicos segue solta, dando ainda mais força para a disseminação dessa doença. A imagem simbólica que fica desse descontrole geral por falta absoluta de um minucioso planejamento de defesa é a de um Brasil derrotado antes mesmo de o combate esquentar.
É nessas horas que fica patente o descompasso do modelo de presidencialismo que desenvolvemos ao longo do tempo. Mais uma vez, fica demonstrado a pequena estatura moral, ética e política da maioria dos ocupantes dessa função, em face da enormidade de responsabilidade e seriedade que o cargo demanda. Pior do que isso é a passividade dos que pagam os mais altos impostos do mundo com menos retorno em serviços.
O tamanho da atual crise é assim. Exemplos podem ser conferidos em vários países onde os chefes de governo se cercaram, desde a primeira hora, de uma ampla equipe formada por renomados virologistas, médicos sanitaristas, biólogos e outros especialistas em pandemia para traçar modelos de gestão extraordinária para minimizar os efeitos da virose.
Por aqui, o problema ganhou contornos de disputas político-eleitorais, como o presidente açulando confrontos diversos e entregando, literalmente, o governo aos cuidados das Forças Armadas, num revival de 1964. Não por outra razão, em meio à maior crise sanitária que o país assiste em toda a sua história, temos o Congresso exigindo mais de R$ 18 bilhões para  emendas parlamentares, ou se preocupando com a confecção de leis que garantam a impunidade política total, enquanto crescem, por todo lado, os pedidos de instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito.
Com isso, os feitos dessa virose irão se prolongar por ainda muito tempo na forma de acusações mútuas, tanto no desvio de verbas que seriam para a saúde quanto na forma estranha de encarar um vírus que acovardou o mundo em responsabilizar o culpado.
Aos brasileiros que restarem vivos depois desse “dilúvio”, restará o compromisso moral e cristão de cobrar para que todos esses desatinos não fiquem impunes nem se tornem página virada em nossa triste história.
A frase que foi pronunciada
“Intelectuais sérios conhecem algumas das características fundamentais do marxismo: a pretensão de não só explicar o mundo em sua completude, mas reconstruí-lo por meio da revolução total, isto é, a destruição da ordem, das estruturas governamentais aos costumes mais arraigados da população; o maquiavelismo absoluto, para o qual toda prática é sempre oportuna e está previamente justificada se servir, de forma tática ou estratégica, à conquista do poder, ou seja, dispensa-se, por princípio, qualquer preocupação ética; para desagregar, confundir e, se possível, estabelecer o caos, vociferar contra tudo, apontando interesses escusos e irreveláveis mesmo quando não existem, de maneira que restem apenas os próprios marxistas como exemplos de honestidade.”
Flávio Gordon, A corrupção da inteligência
Foto: aluizioamorim.blogspot.com
Novidade
Perto de acontecer uma mudança no registro civil. O nome da madrasta pode ser incluído no documento sem o prejuízo dos pais biológicos.
Foto: Getty Images
Legislação
Crime de tortura contra vulneráveis também terá pena aumentada. O trâmite está avançado e com apoio maciço.
Foto: Copyright by MaxPixel
Castigo
Bem lembrado pelos leitores. Não há abuso maior do que o telefone pré-pago. Com R$ 50 de crédito, é possível fazer poucas ligações de poucos minutos. Outro absurdo é que, mesmo quem economiza créditos para alguma emergência no futuro, se não usar em certo período, perde o que pagou. Muito diferente do que acontece em outros países. Consumidores passivos, prejuízo maior.
Charge do Ivan Cabral
História de Brasília
Somos de acordo, pessoalmente, com as “dobradinhas” para a Prefeitura, a Novacap e a Polícia, porque hoje o custo de vida e as dificuldades são iguais para todos, e não é justo que haja privilegiados. (Publicado em 27/01/1962)

Um gigante comandado por anões

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Foto: divulgação do presidente Bolsonaro

 

Dificilmente, numa possível situação em que não houvesse tamanho antagonismo político no país, quase beirando a insanidade, um candidato com o estilo de Jair Bolsonaro, deputado com décadas de mandato, conhecido por suas posições agressivas e extremadas e com fama de falar o que vem à cabeça, teria chances de chegar à Presidência da República. Ainda mais coligado com um partido nanico e sem propostas e programa político claro. De fato, dentre os elementos que surpreendentemente alçaram Bolsonaro ao mais alto cargo do Poder Executivo, o que mais se destacou foi justamente o clima de acirramento e de polarização entre uma esquerda caída em desgraça, por conta de inúmeros crimes praticados e que perfaz praticamente todo o Código Penal, e uma proposta erigida às pressas que se contrapunha a tudo o que estava sendo proposto durante a campanha.

Foi, portanto, na esteira desse faro e senso de oportunidade, que a campanha do candidato do PSL sagrou-se vitoriosa, contra tudo e contra todos os prognósticos divulgados pelos mais celebrados cientistas políticos naquela ocasião. Sem verbas estratosféricas e sem permutas antiéticas. Obviamente que a realidade do país haveria de exigir muito mais que uma vitória erguida sobre os escombros de uma esquerda moribunda. Uma coisa é a confirmação da vitória proclamada pelo Tribunal Superior Eleitoral. Outra, é aquela que passa a surpreender e assustar os novos mandatários, tão logo eles tomam assento no terceiro andar do Palácio do Planalto.

Com as finanças depauperadas ao extremo e com uma classe política sempre   alheia aos problemas nacionais (como confirma a aprovação, agora, pela Câmara dos Deputados no aumento do fundo eleitoral de R$ 1,7 bilhão para R$ 3,7 bilhão), administrar o Brasil, dentro dos estritos ditames republicanos e éticos, não é tarefa que possa ser levada a cabo de modo afoito, muito menos com base em improvisos e voluntarismos.

Chama a atenção a notícia de que o presidente estuda a possibilidade de indicar seu filho e deputado federal, Eduardo Bolsonaro, para ocupar a cadeira como embaixador do Brasil em Washington, uma das missões mais relevantes e especializadas em termos políticos e econômicos para as relações externas de nosso país e que, pelo bom senso, sempre foi ocupada por ministros de primeira classe, com longa experiência em diplomacia dentro do Ministérios das Relações Exteriores.

O gesto paternalista e com viés de nepotismo, caso venha a ser confirmado, trará repercussões internas e externas imprevisíveis, podendo inclusive abalar as relações entre os dois países, com prejuízos claros para o Brasil. A essa possibilidade de implementar medidas açodadas, se somam outras de igual potencial incerto, como é o caso da indicação, também anunciada a poucos dias, para a próxima vaga no Supremo Tribunal Federal, de um candidato com um perfil “terrivelmente evangélico”, como se isso fosse condição necessária para tão relevante função, uma vez que a Constituição exige notável saber jurídico e reputação ilibada.

Esse e outros acenos às bancadas específicas dentro do Congresso Nacional revelam, entre outros vícios, a estreiteza de visão desse e de outros presidentes que o precederam sobre a enormidade e complexidade de um país como o Brasil, um gigante que parece estar condenado a ser governado por políticos sem a mesma grandeza e não raramente obtusos.

 

 

 

A frase que foi pronunciada:

“Quem mais usufrui a liberdade de imprensa são os que se livraram dela e passaram a usar a mídia social!”

Charge: Nani Humor

 

 

Mais motos

Ao todo, são 34% a mais de motos disponíveis no mercado em 2019. A Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas divulgou que, em junho, foram produzidas 67.991 motocicletas. Falta formação educativa aos motoqueiros que cortam carros, ultrapassam pela direita e chutam retrovisores.

Foto: Arquivo Tecnodata

 

 

Inovação

Mais dois novatos não votaram com a legenda. Tabata Amaral (PDT-SP) e Felipe Rigoni (PSB-ES), do Acredito e do RenovaBR, movimentos que pregam distância da política tradicional. Os dois parlamentares estreantes sentem na pele que a velha política das siglas permanece: antes de votar pelo país, vem o partido que os elegeu.

Imagem: institutoliberal.org.br

 

Novo presidente

Dentro da rigidez militar, está a escolha pelo mais barato. Por essas e outras que ninguém vê o presidente Bolsonaro ostentando em vinhos ou hotéis caríssimos. Pelo contrário, a comitiva do Mercosul, que ficará em Bento Gonçalves, terá a hospedagem calorosa e modesta.

Foto: istoe.com.br

 

 

Transformações

Aproximando a lupa da lei que impede a venda e distribuição de sacos de compra no DF, fica uma dúvida: qual material a natureza destrói mais rápido, uma sacola de supermercado ou embalagens de arroz, feijão, sabão? Todas as opções, inclusive sacolas plásticas, podem virar corda, vaso de planta, tapete… Enquanto a lei do deputado Leandro Grass (Rede), que já foi sancionada pelo governador Ibaneis Rocha (MDB), não entra em vigor, veja a seguir como reciclá-las.

 

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

A dotação para as fundações de Brasília, que era de 900 milhões, sofreu redução para 500 milhões no próximo exercício. O prefeito Sette Câmara foi ao Senado, mostrou a nossa arrecadação, argumentou, discutiu, provou, esclareceu e venceu. O Senado aumentou para dois bilhões, no próximo ano. (Publicado em 24/11/1961)

Desmatamento compromete futuro do Centro-Oeste

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ARI CUNHA

Visto, lido e ouvido

Desde 1960

com Circe Cunha e Mamfil

colunadoaricunha@gmail.com;

Tirinha: professormarcianodantas.blogspot.com
Tirinha: professormarcianodantas.blogspot.com

“Quando a última árvore tiver caído, quando o último rio tiver secado, quando o último peixe for pescado, finalmente entenderemos que dinheiro não se come.”

Provérbio indígena.

         Há uma unanimidade corrente entre todos os antigos moradores da região Centro-Oeste: o clima em toda essa imensa área tem mudado bastante nesses últimos anos. Dentre essas alterações observáveis, o que chama a atenção dos moradores é o aumento significativo das temperaturas médias, com o prolongamento acentuado dos períodos de seca e consequente redução das estações chuvosas, que passaram a ficar mais condensadas e muito mais violentas e imprevisíveis.

          Para aqueles que habitam nas áreas rurais dessa região, as modificações climáticas são mais sentidas. Não são poucos aqueles que acreditam que essas mudanças bruscas do clima trazem maus presságios de que, a prosseguir nesse processo de erradicação do Cerrado para dar lugar aos grandes latifúndios de monocultura, em breve toda a parte central do país pode vir a se transformar numa gigantesca caatinga, última etapa de vegetação antes de se tornar um deserto totalmente árido e inóspito.

         Por anos, os mais renomados ambientalistas vêm alertando para essa catástrofe. O que hoje é visto com orgulho como o grande celeiro do Brasil e do mundo, pode, em breve, virar uma planície coberta de areias escaldantes, semelhantes às que existem no Norte do Continente Africano.

          O delicado equilíbrio ecológico dessa região e as intrincadas cadeias que permeiam esse imenso ecossistema, e que ainda hoje são incompreendidos na sua inteireza, poderão desaparecer por completo, trazendo prejuízos incalculáveis não só para os habitantes dessa região, onde está situada hoje a capital Brasília, mas para todo o país indistintamente.

         Reportagem trazida pelo CB, dessa quinta-feira 21, mostra que apenas entre 2016 e 2017 o cerrado perdeu 14.185 Km quadrados de vegetação nativa devido ao desmatamento incontrolável. Os técnicos do governo, no entanto, comemoram esses números afirmando que, com relação ao período de 2015 a 2017, foi constatada uma diminuição do desflorestamento da ordem de 53%. Para tanto, o governo aposta numa “intensificação do diálogo”, ou seja lá o que isso significa. O fato é que o pato manco em que se transformou esse governo em fim de expediente, com 90% de índices de rejeição, pouco ou nada pode fazer para contornar o poderoso lobby da bancada do agronegócio com assento no Congresso.

         Na realidade, o que se tem é uma ligação direta entre desmatamento e os preços das commodities no mercado internacional. À medida em que os preços sobem, aumentam também as áreas para plantio e para a formação de pastos. O desflorestamento do Cerrado é, pois, uma questão apenas de preços de mercado e de demanda por proteínas. De objetivo, o que se observa é que 50% da cobertura original do Cerrado já não existe mais.

         Calcula-se que tenha desaparecido também metade, ou mais, da fauna que habitava essas regiões. Com essa devastação sem precedentes, muitos rios e riachos simplesmente secaram, se transformando em caminhos naturais de areia e pedras. Do ponto de vista do bioma e da imensa população marginalizada pela intensa mecanização da lavoura, diferenciar desmatamento legal de ilegal não faz sentido algum, já que ambos concorrem para a degradação ambiental dessa imensa região que permeia doze estados.

         Somente a constatação de que metade desse precioso bioma simplesmente virou poeira e pasto demonstra, de forma cabal, que os prejuízos causados ao meio ambiente da região são infinitamente superiores a todo e qualquer lucro gerado pelo agronegócio.

A frase que foi pronunciada:

“Assim como os jogadores devem buscar o gol com boas jogadas, os locutores devem descrever o jogo com entusiasmo no lugar de bater papo durante a transmissão da copa do mundo.”

Dona Dita.

Charge: meme.wikia.com
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Tudo a ver

Está sendo preparada uma super manifestação, em frente à igreja matriz, em defesa da democracia Lula Livre. Interessante é que a chamada vem com o título “Arrastão” e será na cidade Cruz das Almas.

Sem sentido

Centro de Saúde 7 da Asa Sul parou de agendar as consultas com ginecologistas. Isso acontece ao mesmo tempo em que o governo usa as redes de comunicação para esclarecer sobre a importância das vacinas. Segundo Alexandra Gouvêa, da Atenção Primária à Saúde, a ginecologista do local está de licença, o que não seria impedimento, já que há dois médicos de família no posto além dos enfermeiros.

Prata da Casa

Ao final do concerto do Coro Sinfônico Comunitário da UnB o maestro, David Junker, fez um apelo por patrocínio. Inscrito na Lei Rouanet, as doações podem ser abatidas até 6% do imposto devido. O grupo faz 27 anos, com pelo menos 4 apresentações por ano, dando nesse período a oportunidade para milhares de pessoas da comunidade interpretarem grandes obras universais para coro e orquestra.

Agende

Nessa terça feira, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Legislativa irá discutir o Projeto de Lei Complementar n° 129, de autoria do Executivo, que “Dispõe sobre a criação de Áreas de Regularização de Interesse Social – ARIS e Zonas Especiais de Interesse Social – ZEIS de Provisão Habitacional, altera a lei no 5.022 de 04 de fevereiro de 2013 e dá outras providências”. Às 10h30, na sala das comissões da CLDF.

HISTÓRIA DE BRASÍLIA

O caso da defesa dos pilotis é um. Reclamar que não deixam colocar os carros nos pilotis é uma infantilidade, porque é área para tráfego de crianças. E mais os pilotis não comportariam todos os carros, e a discriminação seria odiosa. (Publicado em 24.10.1961)