No caminho certo

Publicado em ÍNTEGRA

Desde 1960

com Circe Cunha e MAMFIL

colunadoaricunha@gmail.com

Em virtude do progressivo processo de degeneração sofrido pelas entidades representativas de classes ao longo dos últimos anos, principalmente pelo fato de que a maioria foi totalmente abduzida pelos partidos políticos, se transformando em pontas avançadas das agremiações, o que era seu mister original acabou diluído, perdendo a importância e razão de ser. Acrescente-se ainda que grande parte dos sindicatos encontraram no Estado um meio de subsistir, com folga, graças às generosas transferências de rendas compulsórias.

Libertas de seu patrão original (os trabalhadores), muitas dessas instituições não sabem mais a quem servem, seduzidas e abiloladas que estão pelo poder do dinheiro farto. Dessa forma, vai tornando cada vez mais patente que os embates entre os sindicatos e o governo, que outrora ajudaram a garantir melhorias para os trabalhadores, perderam sua força original e não empolgam as plateias, desconfiadas que, por trás das mobilizações frequentes, escondem-se estratégias que não dizem respeito ao direto dos representados.

Esse parece ser, precisamente, o caso dos embates entre os sindicatos da saúde (SindSaúde e Sindicato dos Médicos) em relação ao Projeto de Lei nº 1.486/2017, que institui o Instituto Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF). A princípio é bom ressaltar que revoluções e mudanças na rotina e no status quo vigente, seja do que for, sempre encontraram resistências, simplesmente, por retirar da zona de conforto todos aqueles que, durante longos períodos, vêm colhendo frutos, mesmo em situações em que a lavoura está arrasada há anos.

Não é por outro motivo que encontramos hoje diretores sindicais prosperando financeiramente às custas da deterioração dos serviços públicos que dizem representar. Dessa forma, torna-se alvissareira a possibilidade de mudança no modelo de gestão do Hospital de Base, primeiro devido às constantes notícias de que a instituição carece de gestão profissional competente, tendo se transformado, ao longo do tempo, num buraco sem fundo de recursos públicos, que se esvai , ano após ano, e ainda assim faltam equipamentos, medicamentos e pessoal.

A pressão que os sindicatos prometem fazer pela não aprovação do referido PL tem como pano de fundo possível esvaziamento dessas entidades, que têm no HBDF, especificamente, e nos demais da rede, todos visivelmente sucateados, a própria razão de existir. Caso o projeto seja aprovado, a administração do Hospital de Base será feita por um conselho de oito membros. Quatro nomeados pelo secretário de Saúde — que assume função de presidente do colegiado — e quatro da sociedade civil, indicados em lista tríplice pelo Conselho Regional de Medicina, pelo Conselho de Saúde do DF, por uma entidade social, que represente os direitos dos usuários do SUS, e pelos funcionários do próprio instituto.

É preciso observar ainda que nenhum dos membros será remunerado pela função ou poderá ser político, filiado a partido ou parente de político em até terceiro grau. Haverá também uma diretoria executiva, com diretor-presidente, vice-presidente e três diretores escolhidos pelo conselho administrativo. O conselho fiscal será composto por três membros indicados pelo governador. O projeto prevê que o quadro de funcionários do hospital será alterado. Os trabalhadores vinculados ao instituto serão celetistas, em vez de concursados. Os cerca de 3,4 mil servidores do Hospital de Base poderão ainda optar por permanecer sob o novo formato ou ir para outras unidades de saúde do DF. O importante nesse caso, e os sindicatos não apontam, é que a população do DF e do Entorno seja atendida com qualidade e presteza.

 

A frase que foi pronunciada

“Há dois tipos de pessoas: as que fazem o trabalho e as que reivindicam o mérito. Procure estar no primeiro grupo. Há menos concorrência”

Indira Gandhi, ex-primeira ministra Indiana

 

História real

Tânia Fontenelli, com apoio da primeira-dama, Marcia Rollemberg, ofereceu um chá na residência oficial, em Águas Claras, para as mulheres pioneiras de Brasília. Tarde de Chá da Memória Viva com direito a conversar com as pioneiras, debater sobre conquistas e acompanhar trechos do filme Poeira e Batom.

 

Lei seca

Consumidor conseguiu apoio para parar de pagar pela água de carne congelada comprada em supermercado. Agora é lei. Só 12% de água e o percentual deve ser descontado do peso líquido e o consumidor deve ter acesso a essa informação.

 

Prefeitos perfeitos?

Depois do clássico Fla-Flu, outra surpresa para os moradores do Rio e de São Paulo principais cidades do Brasil mostram que estão mudando. Menos carnaval e mais creche no Rio e em São Paulo, dinheiro público não será mais usado em parada Gay. A iniciativa privada deve estimular o evento no ano que vem. Crivella e Doria são os prefeitos que querem deixar a marca da boa gestão.

 

Melhor proposta

Hoje é dia de investir em imóveis. São 24 apartamentos e uma casa no DF à disposição colocados à venda pela Secretaria do Patrimônio da União (SPU) e serão vendidos em concorrência pública. É preciso ter entre R$ 506 mil a R$ 6,6 milhões.

 

Olho vivo

Todo cuidado é pouco. Na compra de imóveis releia o contrato. Que fique claro o dia de entrega. Há no Procon estatísticas em que as maiores reclamações de quem compra imóveis são o prazo de entrega descumprido e problemas estruturais nas unidades.

 

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Há estabelecimentos que se recusam a entregar mais um copo ou mais um prato e talheres para o alimento comprado para uma pessoa que queira compartilhar essa quantidade com outra pessoa. No Rio de Janeiro, a Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços aprovou essa proposta. Fica proibido também cobrar taxa extra pelo empréstimo dos utensílios.

 

Tem que ser

Gisele Pires Mota, uma das pianistas mais brilhantes da Escola de Música de Brasília, foi para um concerto em Goiânia, onde Nelson Freire se apresentaria. Depois da apresentação, nada de autógrafos ou fotos. Mas no café da manhã do hotel lá estava o discreto astro. Simpático posou com Gisele.

 

História de Brasília

O sr. Jânio Quadros baixou um decreto absurdo regulando a profissão de jornalista, e com isso, mesmo os profissionais que preencham todas as condições não podem se registrar, porque em todo o Brasil está paralisado o Serviço de Identificação Profissional, quando para jornalistas. (Publicada em 29/9/1961)

 

 

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