A expectativa é da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Será o terceiro ano consecutivo em que as vendas crescerão. Ainda assim, mesmo levando-se em conta o desempenho dos últimos dois anos (com alta de 3,6% em 2017 e de 4,1% no ano passado), o setor ainda não conseguiu retomar o ritmo de vendas apresentado antes da recessão, quando acumulou uma perda de 11,7%.
A data deve movimentar R$ 5,6 bilhões, o correspondente a 4,5% de todo o faturamento esperado pelo setor no mês de agosto. De acordo com levantamento realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) nas 27 capitais brasileiras, 67% dos consumidores pretendem ir às compras por conta do Dia dos Pais. A taxa representa um aumento de seis pontos percentuais em relação a 2018. Na prática, isso significa que aproximadamente 105 milhões de pessoas devem comprar presentes para entregar aos pais.
O valor que os entrevistados pretendem gastar com os presentes também subiu: em média, pretende-se gastar R$ 189,98, R$41 a mais do que em 2018. Ainda que a trajetória recente da inflação venha se mantendo em patamares abaixo da meta, mais da metade (53%) dos entrevistados julga que os presentes estão mais caros do que no ano anterior.
Porém, 20% dos entrevistados costumam gastar mais do que podem com os presentes de Dia dos Pais e 8% pretendem deixar de pagar alguma conta para realizar a compra, sobretudo entre as classes C, D e E. Além disso, 3 em cada 10 brasileiros que pretendem presentear os pais estão atualmente com contas atrasadas, e 68% deles estão com o nome sujo.
Brasília, 17h33min