O presidente Michel Temer disse ao Blog que há uma pressão crescente de empresários para que o Banco Central reduza mais rapidamente a taxa básica de juros (Selic), hoje de 13,75% ao ano, e para que a instituição libere depósitos compulsórios a fim de incrementar a oferta de crédito. Mas, segundo ele, as decisões são extremamente técnicas e cabem, exclusivamente, ao BC.
“A ansiedade que estamos vendo é grande, mas natural”, diz Temer. “Muitos empresários têm cobrado a queda de juros e mudanças nos compulsórios, mas tudo virá na hora certa”, acrescenta. O presidente reconhece que esse tipo de pressão não é novo, já aconteceu em outros momentos e “faz parte do jogo”.
O importante, para Temer, é que todas as medidas que estão sendo tomadas na área econômica estão no caminho certo. E o Banco Central, sob o comando de Ilan Goldfajn, é competente e muito respeitado. O presidente diz ainda que está muito satisfeito com o trabalho realizado pelo BC.
“Se alguém afirmou que eu penso algo diferente, não reflete a verdade. Não são opiniões minhas. Não comungo delas. Não disse nada a ninguém sobre o BC”, assegura. Ele conta que, sobre economia, só conversa com o economista Delfim Netto, com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e com o secretário do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI), Moreira Franco.
Brasília, 19h30min