Também fora da agenda, representantes do governo brasileiro querem levantar outro debate relevante: a construção de um centro de pesquisas para o desenvolvimento de vacinas na África do Sul com financiamento chinês. O Brasil é referência em vacinação contra várias doenças, como a tuberculose. Na avaliação de Temer, não há como o Brasil ficar de fora desse empreendimento, inclusive entrando com tecnologia.
Na reunião restrita com integrantes do Brics, Temer falará sobre multilateralismo e governança global, em especial, sobre o papel da Organização Mundial do Comércio (OMC), que se vê num grande dilema por conta da guerra comercial travada entre os Estados Unidos e a China. O presidente também focará na agenda 2030 e nas mudanças climáticas, além de pedir uma solução para o conflito na Síria e de propor a revisão do papel da Organização das Nações Unidas (ONU), que não reflete a nova ordem mundial.
No encontro ampliado do Brics, Temer comentará sobre os desafios da 4ª revolução industrial e como enfrentá-los com mais educação, mais integração e mais acesso à tecnologia digital. Já no evento que reunirá países da África (Angola, Burundi, Egito, Etiópia, Gabão, Namíbia, Ruanda, Senegal, Togo e Uganda) e parceiros do Brics (Argentina, Indonésia, Jamaica e Turquia), o presidente falará sobre aspirações da Africa, cooperação tecnológica, crescimento sustentável e inclusão para a prosperidade no Sul global.
Temer tem encontros bilaterais agendados com chefes de Estados da Russia, da China, da Turquia, da África do Sul, da Argentina e de Moçambique.
Brasília, 18h53min