Pelos cálculos do TCU, mais de 620 mil pessoas, entre políticos, servidores públicos, militares, bandidos e mortos, se cadastraram no sistema da Caixa Econômica Federal e embolsaram, ilegalmente, as parcelas de R$ 600.
“O plenário do TCU acaba de determinar que os nomes dos espertalhões que fraudaram o auxílio emergencial de R$ 600 sejam encaminhados ao Ministério Público Federal para avaliação de suas responsabilidades no âmbito penal”, escreveu Dantas numa rede social.
Estima-se que as fraudes nos auxílios emergenciais provocaram prejuízos de mais de R$ 1 bilhão aos cofres públicos. O TCU está preocupado porque o governo anunciou que pagará mais R$ 1.200 às pessoas que se inscreveram no programa de ajuda aqueles que perderam renda por causa da pandemia do novo coronavírus.
Segundo o governo, o prazo para se cadastrar no auxílio emergencial termina nesta quinta-feira, 2 de julho. Mais de 65 milhões de pessoas já inscreveram. Diante dessa amplitude, o TCU cobra mais atenção dos órgãos fiscalizados.
Uma das falhas apontadas pelo Tribunal está na falta de cruzamento de dados do Ministério da Cidadania com informações da Receita Federal. Há jovens de famílias ricas, por exemplo, que se inscreveram para receber os R$ 600. Eles não têm renda direta, mas estão na declaração de imposto dos pais.
Brasília, 16h38min