O presidente da Câmara deixou claro, nesta terça-feira (15/09), que não dará trégua aos planos de saúde. Em mensagem em uma rede social, o deputado afirmou que os convênios médicos estão prejudicando, de forma vergonhosa, os consumidores.
“O que elevou o preço ao consumidor foi o vergonhoso aumento de alguns planos de saúde no meio da pandemia. Em alguns planos, o reajuste chegou a 25%”, escreveu Maia, numa referência a um estudo feito pela Confederação Nacional da Saúde (CNSaúde) apontando que a reforma tributária proposta pelo governo encarecerá os planos em pelo menos 5,2%.
Maia elegeu os planos de saúde como os inimigos da hora. Há mais de um mês ele vem batendo no setor, ao qual acusa de só estar interessado em ampliar as margens de lucro. No segundo trimestre do ano, apenas quatro operadoras lucraram R$ 1,3 bilhão.
O ataque de Maia teve reflexo na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), cujos ocupantes dos cargos de direção têm de ser aprovados pelo Congresso. A ANS suspendeu os reajustes de 25% anunciados pelos planos por quatro meses, de setembro a dezembro deste mês.
Outro lado
Em nota encaminhada ao Blog, a FenaSaúde, que representa as operadoras de planos de saúde, diz que não endossa estudos que envolvam o setor, pois só a entidade tem licença para falar sobre o convênios médicos. Veja a íntegra da nota;
“A FenaSaúde é favorável à reforma tributária. Consideramos que é necessária mudança que simplifique o sistema e não onere ainda mais o contribuinte. O país precisa da reforma e o Congresso Nacional, junto com o governo federal, tem se empenhado nisso.
A FenaSaúde não corrobora as conclusões de estudos feitos até o momento, uma vez que ainda não é possível conhecer, na sua inteireza, os efeitos das várias propostas em tramitação no Congresso sobre a atividade e sobre a cadeia de produção da saúde.
Mantemos diálogo constante com as lideranças à frente do tema na Câmara e no Senado e temos firmes expectativas de que será possível chegar a uma reforma que seja melhor para o país.
A FenaSaúde representa os 16 principais grupos de operadoras de planos e seguros de assistência à saúde privados. Quem fala pelos planos de saúde são os planos de saúde, ninguém mais.”
Brasília, 17h10min, atualizada às 18h38min