“Reforma da Previdência será aprovada em setembro”, diz Jucá

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Apesar do desgaste do governo e de parte da base aliada ter votado pela aceitação da denúncia de corrupção passiva contra Michel Temer, o presidente do PMDB, senador Romero Jucá, garante que a reforma da Previdência Social será votada até setembro na Câmara dos Deputados. “Eu defendo a votação urgente, em setembro”, afirma. As declarações foram dadas no programa CB.Poder, uma parceria entre o Correio Braziliense e a Tevê Brasília.

 

Ele afirma que o apoio para as mudanças no sistema de aposentadorias vai além dos 263 votos que enterraram a denúncia contra Temer feita pela Procuradoria-Geral da República. “Não são apenas os 263 votos contabilizados. Há os deputados que se ausentaram e tem parte dos que votaram contra mas são a favor da reforma”, diz.

 

 

O senador ressalta ainda que os pontos do projeto de reforma da Previdência que não forem aprovados pelo Congresso poderão ser votados em separado em 2018 ou durante o próximo governo. “O importante é que, no Senado, a maioria apóia a reforma. Na Câmara, temos todas as condições de aprová-la também”, frisa.

 

Jucá foi além. “No Senado, nós temos uma base para votar a reforma da Previdência. Tanto que fizemos questão de dar quórum constitucional à aprovação da reforma trabalhista, exatamente para mostrar que temos votos para fazer a reforma da Previdência”, ressalta. Para ele, a  Câmara deve votar o parecer aprovado na comissão especial que discutiu a reforma. “O governo não deve abrir mão do relatório produzido pelo deputado Arthur Maia (PPS-BA). “Qual é a questão? Tirar (a reforma) da Câmara. É importante que se vote ainda em setembro.”

 

 

Jucá defende, ainda, a mudança na meta fiscal deste ano. Ele se diz contra aumento de impostos para evitar que o deficit deste ano seja maior que os R$ 139 bilhões previsto no Orçamento. “Eu sou contra aumento de impostos”, afirma. Na avaliação do senador, o deficit deveria ser de R$ 170 bilhões, como ele havia previsto quando estava no Ministério do Planejamento.

 

Além de ter elevado o PIS e a Cofins sobre os combustíveis, o governo cogita aumentar as alíquotas do Imposto de Renda. A faixa máxima passaria dos atuais 27,5% para 35%. Se aprovada, a nova tabela do IR pegará 1,2 milhão de trabalhadores. O ajuste na tabela só valerá a partir de 2018.