RODOLFO COSTA
ROSANA HESSEL
O governo não consegue entrar em acordo com os caminhoneiros. O presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes, saiu mais cedo da reunião entre o comitê ministerial e representantes da categoria. O líder diz que o governo sinalizou reduzir pela metade a alíquota do PIS/Cofins, proposta que não o agradou, bem como os cerca de 700 mil profissionais representados pela entidade.
A proposta do governo mostra uma contrariedade ao que está proposto no projeto de desoneração da folha de pagamento aprovado ontem na Câmara dos Deputados. A matéria se encontra, agora, no Senado Federal, e pode ser votada ainda hoje. A proposta em discussão prevê a eliminação do PIS/Cofins sobre o diesel, medida que agrada a Lopes.
O movimento dos caminhoneiros está dividido. Diferentemente de Lopes, outros dirigentes acenaram com a possibilidade de concordar com a proposta do governo, de reduzir pela metade o imposto. “Quando chegou a minha vez (de falar), disse que vim aqui para resolver o problema do diesel. Aí a coisa engrossou. Falei o que tinha que falar, e, com todo o respeito, pedi desculpas e saí”, declarou.
A reunião ocorre no Palácio do Planalto. O governo é representado pelos ministros dos Transportes, Valter Casimiro, da Casa Civil, Eliseu Padilha, e da Secretaria de Governo, Carlos Marun. Os caminhoneiros estão representados por 10 entidades, além da Abcam.
Brasília, 16h47min