Os consumidores que estão assustados com os aumentos de 18,7% na gasolina e de 24,9% no diesel, anunciados nesta quinta-feira (10/03) pela Petrobras, devem se preparar para mais reajustes. Segundo o presidente do Sindicombustíveis-DF, Paulo Tavares, ainda há uma defasagem média de 40% nos valores dos combustíveis em relação às cotações internacionais.
Pelos cálculos de Tavares, com os aumentos divulgados pela Petrobras, corrigiu-se 60% da defasagem em relação ao mercado externo. Mas a Petrobras preferiu não repassar tudo para os preços agora, para não impactar ainda mais o orçamento das famílias.
Desde o início da invasão da Ucrânia pela Rússia, as cotações do Petróleo no mercado internacional subiram mais de 30%, exigindo da Petrobras uma correção dos valores nas refinarias. O barril de petróleo está sendo negociado acima de US$ 130. A boa notícia é que o outro componente dos preços dos combustíveis, o dólar, está com as cotações em baixa, próximas de R$ 5.
Tavares ressalta que o impacto direto nas bombas referentes aos reajustes nas refinarias será de R$ 0,61 na gasolina e de R$ 0,90 no caso do diesel. O empresário acredita que, a partir da meia-noite, os postos, em grande maioria, repassem os aumentos para os consumidores.
O presidente do Sindicombustíveis-DF ressalta que os postos do Distrito Federal estão operando com margem mínima de lucro. Portanto, não têm como absorverem a totalidade ou mesmo uma parte dos aumentos anunciados pela Petrobras.
Brasília, 12h29min