O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), tem pelo menos três empresas na lista de privatizações ou de abertura de capital para serem negociadas nos empréstimos junto aos bancos como uma forma de antecipação de receita: Iquego (Indústria Química de Goiás), Metrobus e Celg GT. O democrata criticou a inclusão de estatais em um fundo para cobrir o deficit da Previdência e contou que é preciso buscar uma alternativa ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), ao qual Rio de Janeiro é o único estado que aderiu, mas não conseguiu sair da crise financeira em que se encontra. De acordo com Caiado, um projeto de lei está sendo desenhado pelo secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, e a medida inclui adiantamento de empréstimos de recursos que podem ser obtidos com a venda de empresas, abertura de capital e corte de gastos.
Mansueto tem dito que de 10 a 11 estados dos 19 que refinanciaram a dívida com a União em 2016 não cumpriram o teto de gasto em 2018. Portanto, para evitar que eles sejam obrigados a ter que devolver os descontos obtidos com o postergamento das parcelas da dívida que começaram a ser pagas integralmente na metade do ano passado. Ele sinalizou que pretende negociar uma alternativa para esses estados até o segundo semestre.
Esses assuntos devem fazer parte da terceira edição do Fórum dos Governadores, que acontece em Brasília, no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB). Além dos chefes das 27 unidades federativas, estão previstas a presença do ministro da Economia, Paulo Guedes e dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre.