Planalto teve acesso antecipado a informações sobre demissões e fechamento de agências do BB

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Além do ministro da Economia, Paulo Guedes, integrantes do alto escalão do Palácio do Planalto tiveram acesso ao projeto de reestruturação do Banco do Brasil, que prevê a demissão voluntária de 5 mil empregados e o fechamento de 361 pontos de atendimento. Não foi a surpresa, portanto, para ninguém do governo, o enxugamento pelo qual a instituição passará.

A repercussão negativa do anúncio da reestruturação do Banco do Brasil, no entanto, incomodou a ala política do Palácio do Planalto e o presidente Jair Bolsonaro, que, agora, se diz surpreso e ameaça demitir o presidente do BB, André Brandão.

“Sabíamos que, quando a reestruturação fosse anunciada, haveria reações negativas tanto no campo político quanto no sindical. Mas que fique claro: todas as propostas seguiram os trâmites exigidos por lei. Não há motivo para alguém do governo se dizer surpreso”, afirma um executivo do BB.

Para ele, ficou claro, com todas as justificativas apresentada, que o Banco do Brasil precisa passar por mudanças profundas para se adaptar às mudanças pelas quais o mercado bancário está vivendo. O BB sofre muito com as amarras de ser um empresa com controle estatal. Por isso, precisa ser mais agressivo.

A perspectiva é de que, se nada mudar no meio do caminho, o processo de reestruturação do Banco do Brasil ocorra ainda neste primeiro semestre do ano. A economia prevista somente em 2021 é de mais de R$ 350 milhões. O BB já avisou que outras medidas para a sua modernização estão a caminho.

Brasília, 17h01min

Vicente Nunes