Planalto de olho na implosão dos partidos

Publicado em Economia

LEONARDO CAVALCANTI

A pressa do presidente Michel Temer em votar a reforma da Previdência não se deve apenas ao receio dos parlamentares em aprovar um projeto que pode se usado contra eles no período eleitoral.

 

Para o governo federal, as negociações nos estados para a campanha de 2018 já estão avançadas, o que pode tirar o protagonismo do Palácio do Planalto em puxar debates nacionais e desmobilizar os ministros-candidatos.

 

Hoje, 12 dos 28 chefes de pastas são parlamentares e vão entrar de imediato na campanha. Isso não significa se dedicar a temas mais regionalizadas, próximos do eleitor, como violência e serviços públicos. E aí não valerá mais usar como desculpa a aprovação das reformas para que o cenário venha a melhorar.

 

Nas disputas estaduais, partidos com um pé no governo estão à beira da implosão. É o caso do PSB, do PSDB e até de núcleos do próprio PMDB. Pegue o caso de Pernambuco, onde integrantes da legenda de Miguel Arraes e Eduardo Campos estão em guerra aberta e devem entrar em confronto com peemedebistas pelo Palácio das Princesas.

 

O mesmo deve ocorrer em Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro