PIB do primeiro trimestre caiu 6,1% ante o mesmo período de 2015

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A equipe de economistas do Itaú Unibanco, que era chefiada por Ilan Goldfajn, futuro presidente do Banco Central, fez as contas e prevê um tombo considerável do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre do ano. Em relação aos últimos três meses de 2015, a retração foi de 0,8%. Ante o primeiro trimestre do ano passado, a queda chegou a 6,1%. Esse é o tamanho da retração da economia em um ano.

Com esse resultado, o Itaú acredita que o Brasil já contratou contração de 3,1% neste ano. É o que os economistas chamam de carregamento estatístico. Se mais nada acontecesse de abril em diante, esse seria o resultado do PIB. O banco acredita, porém, que o saldo final de 2016 será ainda pior. A economia encolherá 4%, número, que, se confirmado, será o pior em 25 anos. O país registrará, pela primeira vez, desde 1930 e 1931, dois anos seguidos de queda do PIB.

Pelos cálculos do Itaú, os investimentos produtivos caíram 6,1% nos primeiros três meses do ano na comparação com os três meses de 2015. Já o consumo das famílias recuou 1%. A indústria recuou 1,9% e os serviços, 0,8%. O resultado do PIB só não será pior devido ao bom desempenho do setor externo. Com a recessão econômica e a alta do dólar, as importações desabaram.

O dado oficial do PIB sairá na próxima quarta-feira, 1 de junho, um dia depois de o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrar que o desemprego fechou abril em 11,1%, cravando novo recorde, segundo a Pnad Contínua.

Brasília, 18h05min

Vicente Nunes