A comoção provocada pelo discurso vapt-vupt do presidente Jair Bolsonaro nesta terça-feira (22 de janeiro), em Davos, na Suíça, é vista como exagerada por técnicos do governo, sobretudo da equipe econômica. Eles dizem que Bolsonaro foi Bolsonaro. Não tem conhecimento de causa para aprofundar um debate.
Foto: Fabríce Coffrini/AFP
Desde que ficou decidido que o presidente faria sua estreia no cenário internacional no Fórum Econômico Mundial, sabia-se que ele faria um discurso sem profundidade, sem tocar em temas polêmicos. Mesmo tendo sido “corrigido” por muitos ministros, nenhum deles se arriscou a incentivar o chefe a avançar o sinal. Sabem o perigo.
Para os técnicos, depois de tantas polêmicas nesses primeiros dias de governo, com um escândalo envolvendo o filho número 1 do presidente, é melhor ele pecar pela economia nas palavras do que virar motivo de chacota. “Na verdade, vimos com alívio os seis minutos de discurso”, diz um alto funcionário da Esplanada.
Brasília, 18h12min