Servidores do Ministério da Economia se dizem estarrecidos com a subserviência do ministro Paulo Guedes ao presidente Jair Bolsonaro. Não por acaso, dizem que, de Chicago boy, numa referência à escola econômica de Chicago, na qual se formou, Guedes se transformou em office boy do presidente Jair Bolsonaro.
Para os servidores, o ministro perdeu a moral para defender cortes de gastos e equilíbrio fiscal ao assumir ser favorável ao estouro do teto de gastos para bancar o Auxílio Brasil, substituto do Bolsa Família, com o qual Bolsonaro acredita que recuperará o apoio dos eleitores de mais baixa renda, sobretudo, os do Nordeste.
No entender de funcionários do Ministério da Economia, Guedes entrará para a lista dos piores ministros da pasta. “Ele, que chegou cheio de arrogância, chamado de superministro, agora, é apenas uma miragem, resultado da subserviência. Uma coisa é defender política de governo, outra, é enterrar a própria história”, diz um servidor.
A percepção entre assessores de Guedes é de que nem no mercado ele é mais respeitado. E, para vários desses auxiliares, o ministro está tão desesperado por causa da sua desmoralização, que atacou, de forma desrespeitosa, economistas de renome que o criticam, como Affonso Celso Pastore, ex-presidente do Banco Central. Guedes insinuou que Pastore está velho e gagá.
Brasília, 23h31min