Nos bastidores do governo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, costuma se referir ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, como uma mistura de Eduardo Pazuello com Luiz Henrique Mandetta, ex-chefes da pasta.
Para Guedes, Queiroga reúne a subserviência de Pazuello ao presidente Jair Bolsonaro e a exposição midiática de Mandetta.
Ou seja, nas entranhas do governo, Queiroga faz o que Bolsonaro quer, sem questioná-lo, mesmo que não concorde com as determinações, mas, quando está de frente para as câmaras defende o que a ciência prega e fica bem na foto.
Mas, mesmo com esse jogo de cintura do ministro, quem sabe das coisas de dentro do governo diz que, apesar do seu lado Pazuello, Queiroga já não agrada mais Bolsonaro. O presidente vê nele mais o lado Mandetta, por ter bom trânsito com a mídia.
Bolsonaro, como se sabe, é invejoso demais. Portanto, começou a contagem regressiva para ver até quanto tempo Queiroga fica no cargo.
Brasília, 11h51min