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Para FMI, a agenda global prioritária é controlar a pandemia da covid-19

Publicado em Economia

ROSANA HESSEL

A agenda global prioritária para a economia mundial é controlar a pandemia provocada pela covid-19, de acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), que elencou três prioridades para essa finalidade: vacinar, calibrar e acelerar. “É necessária uma ação política urgente para controlar a pandemia, limitar cicatrizes e transformar a economia global”, destacou o organismo internacional em documento divulgado nesta quarta-feira (13/10), que demonstra preocupação com o avanço desigual da vacinação e também defende uma “ação imediata” contra as mudanças climáticas.

 

De acordo com o Fundo, é preciso vacinar a população mundial para conter a propagação da pandemia; calibrar políticas para limitar cicatrizes, apoiar a recuperação e combater as divergências crescentes dentro e entre os países; e acelerar a transformação da economia global para obter uma recuperação mais inclusiva, mais ecológica e digital. “Agora é a hora de nos reunirmos e acertarmos as coisas para as gerações futuras guiando o nosso caminho para sair da crise e definindo o curso para mais futuro próspero”, defendeu a entidade no comunicado.

 

No relatório, o Fundo ainda destaca que a recuperação continua, graças aos fatores monetários, fiscais e apoio financeiro durante o ano passado. “No entanto, induzida por pandemia, divergências persistem, impulsionadas por diferenças marcantes no acesso a vacinas e espaço político. A rápida disseminação da variante Delta e a ameaça de novas variantes adiciona mais incerteza às perspectivas”, alertou.  A meta global de vacinar pelo menos 40 por cento da população em todos os países até o final de 2021 e 70% até meados de 2022 continua sendo uma prioridade, na avaliação da instituição.

 

“O Fundo está colaborando estreitamente com parceiros globais na luta contra a pandemia. Estamos engajados com outras instituições financeiras e grupos membros, incluindo o G20 e o G7, na mobilização de recursos para ajudar os países a enfrentar o emergência de saúde e reduzir as desigualdades no acesso às vacinas e econômicas”, destacou o Fundo durante o evento anual da instituição com ministros da Economia e presidentes de bancos centrais dos países membros e que tem as mudanças climáticas como um dos principais temas do encontro de outono, no Hemisfério Norte, que ocorre nesta semana.

 

A recém-lançada Força-Tarefa de Líderes Multilaterais, segundo o FMI,  foi projetada para facilitar a coordenação entre os parceiros internacionais e ampliar o impacto dos esforços coletivos, ajudando a identificar o financiamento crítico necessidades e fontes e orientar a política para apoiar a vacinação dos países, diagnósticos e esforços de tratamento.

 

Os “três Cs” desafiadores

 

E, nessa tarefa, o Fundo destacou em um relatório divulgado ontem, quando também apresentou as novas projeções para a atividade econômica global e do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, três grandes desafios para a economia que começam com a letra C e que precisarão ser observados pelos bancos centrais na condução da política monetária: Covid, Criptomoedas e Clima, os chamados “3Cs” conforme o relatório de estabilidade financeira.

 

No encontro deste ano, o FMI também destacou a importância da solidez financeira dos países para a 16ª Revisão Geral de Quotas, que ocorrerá até o fim de 2023 entre os 189 países membros. “Para cumprir a proposta a agenda de médio prazo, estamos explorando com os membros o envelope de orçamento apropriado para fortalecer nossa capacidade de lidar com os novos desafios em evolução e atender às necessidades dos membros no era pós-covid-19. Também avançaremos na integração de risco gestão com a nossa agenda de trabalho”, destacou a instituição no documento, no qual reforçou a necessidade de avanços na agenda climática, focando na redução das emissões.  “Continuaremos nossos esforços em diversidade e inclusão, implementar modernização projetos para melhorar a eficiência e reduzir nossa pegada de carbono sob o novo modelo de trabalho híbrido”, completou.