Apesar de o PMDB defender, abertamente, o aumento de salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que só depende do aval do Senado, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, diz que “há coisas mais importantes para o Congresso aprovar”.
Segundo ele, os parlamentares precisam entender a urgência do momento, que exige responsabilidade fiscal. E isso passa pela aprovação, ainda neste ano, da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita o aumento dos gastos públicos à inflação do ano anterior, e do andamento da reforma da Previdência Social.
Na avaliação do ministro, o Congresso tem que dar uma boa sinalização aos investidores, que cobram o ajuste fiscal. “Eles querem ter segurança de que a economia será administrada de forma responsável, além de segurança jurídica e constitucional”, frisa.
Se aprovado, o reajuste dos salários dos ministros do Supremo elevará o teto do funcionalismo, além de provocar efeito cascata nas contas de estados e municípios, muitos dos quais estão quebrados. O aumento da remuneração na mais alta Corte do país está previsto no projeto de Orçamento de 2017 enviado ao Congresso pelo governo.
Brasília, 19h10min