O Tesouro Nacional já avisou às empresas estatais, aí incluídos os bancos públicos, que não haverá disponibilidade de dinheiro no Orçamento da União de 2017 para socorrê-las. Aquelas que precisarem de aporte de capital terão que vender ativos para reforçar o caixa. Segundo o secretário de Acompanhamento Econômico, Mansueto Almeida, os recursos estão escassos demais.
As estatais precisam se dar conta que os tempos mudaram, que a complacência com a má gestão acabou. Nos últimos anos, por conta do aparelhamento político, quase todas as empresas públicas tiveram prejuízos. No caso dos bancos públicos, os lucros desabaram, sobretudo o da Caixa Econômica Federal, que, segundo especialistas, teria um passivo oculto de quase R$ 30 bilhões.
Não bastasse a péssima gestão, as estatais tiveram que transferir, para o Tesouro Nacional uma montanha de dividendos para maquiar o ajuste fiscal. Entre R$ 2012 e 2015, os repasses chegaram a R$ 76,8 bilhões. Agora, terão que se virar por conta própria. Vai prevalecer a lei da eficiência.
Brasília, 17h10min