O ICMBio é a cota do partido por compor a base do governo no esforço do Palácio do Planalto para conservar o apoio que ainda lhe resta no Congresso. A tentativa anterior, de nomear um ruralista para o cargo, foi rechaçada por funcionários e pela bancada ambientalista na Câmara.
Tavares, filiado ao diretório de Valparaíso, no Entorno, é formado em ciência política pela UDF e já trabalhou como assessor da liderança do Pros na Câmara. Não consta que tenha experiência na área ambiental. Funcionários do ICMBio prometem voltar a protestar contra a barganha política envolvendo o órgão.
O ICMBio se tornou atraente depois da aprovação da lei que permite a transformação de multas ambientais em projetos de compensação. Isso dá à diretoria do órgão o poder de negociar e aprovar projetos no valor de R$ 1,2 bilhão a serem promovidos ou contratados por empresas que teriam de pagar multas.
O deputado Sarney Filho (PV-MA), ex-ministro do Meio Ambiente e integrante da bancada da área, participou da negociação que levou o Pros a ficar com o ICMBio.