Na avaliação dos investidores, com a aliança, o tucano ganhou força para disputar uma vaga no segundo turno das eleições e, quem sabe, vencer a disputa. Até o acerto com o Centrão, que reúne PR, DEM, Solidariedade, PRB e PP, Alckmin estava desacreditado pelos donos do dinheiro, totalmente desaminados com a pontuação dele nas pesquisas de intenção de votos, entre 6% e 8%.
Já na quinta-feira (19/07), os investidores deram sinal de que aprovavam a aliança do tucano com o Centrão, o que garantirá ao ex-governador de São Paulo um tempo muito maior de tevê do que os demais candidatos. Os analistas creem que, mesmo com toda a força das redes sociais, a campanha na tevê fará a grande diferença.
Mas não é só. O acordo do Centrão com Alckmin afastou o fantasma que rondava o mercado. Havia a possibilidade de o Blocão fechar aliança com Ciro Gomes (PDT). Se isso acontecesse, na avaliação dos investidores, muito provavelmente o pedetista estaria no segundo turno. Essa expectativa, inclusive, estava embutida nos preços dos ativos.
O mercado reconhece que o apoio do Centrão não significa uma vitória de Alckmin, nem deve mudar, imediatamente, seu desempenho, mas traz uma boa perspectiva aos investidores. O ex-governador de São Paulo tem uma visão mais reformista, tudo o que querem os investidores. Com ele no comando do Palácio do Planalto, acreditam os donos dos dinheiro, a reforma da Previdência Social será prioridade.
Hoje, ressaltam os investidores, é preocupante o estado das contas públicas. Teremos, em 2018, o quinto ano seguido de deficit. A perspectiva é de que as contas públicas só voltem ao azul em 2021 ou em 2022.