No entender deles, essa alta está de bom tamanho para reforçar o compromisso do Comitê de Política Monetária (Copom) com o controle da inflação.
A expectativa dentro do governo em relação à decisão do BC sobre os juros é grande. Todos reconhecem a necessidade do aperto monetário, mas há o temor de que o Banco Central exagere na dose somente para agradar o mercado. Para os técnicos, falar em aumento da Selic de três pontos percentuais de uma única vez é loucura.
Auxiliares do ministro da Economia, Paulo Guedes, admitem que ele “jogou pesado com o BC”, ao dizer que caberia à instituição controlar a inflação e as expectativas do mercado, depois que ele assumiu que virou um fura-teto. O Banco Central é visto hoje como a última ilha de credibilidade dentro do governo.
Os juros estão em 6,25% ao ano e, com a alta desta quarta-feira, vão atingir o nível mais elevado em quatro anos. O governo Bolsonaro terá juros maiores do que os entregues pela administração de Michel Temer, o que confirma o desastre da política econômica sob o comando de Paulo Guedes
Brasília, 16h01 min