presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, e o ministro da Economia, Paulo Guedes Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

No Ministério da Economia, aposta é de alta de 1,5 ponto nos juros

Publicado em Economia

Técnicos da equipe econômica apostam, em grande maioria, que o Banco Central aumentará a taxa básica de juros (Sellic) em 1,50 ponto percentual, para 7,75% ao ano, nesta quarta-feira (27/10).

No entender deles, essa alta está de bom tamanho para reforçar o compromisso do Comitê de Política Monetária (Copom) com o controle da inflação.

 

A expectativa dentro do governo em relação à decisão do BC sobre os juros é grande. Todos reconhecem a necessidade do aperto monetário, mas há o temor de que o Banco Central exagere na dose somente para agradar o mercado. Para os técnicos, falar em aumento da Selic de três pontos percentuais de uma única vez é loucura.

 

Auxiliares do ministro da Economia, Paulo Guedes, admitem que ele “jogou pesado com o BC”, ao dizer que caberia à instituição controlar a inflação e as expectativas do mercado, depois que ele assumiu que virou um fura-teto. O Banco Central é visto hoje como a última ilha de credibilidade dentro do governo.

 

Os juros estão em 6,25% ao ano e, com a alta desta quarta-feira, vão atingir o nível mais elevado em quatro anos. O governo Bolsonaro terá juros maiores do que os entregues pela administração de Michel Temer, o que confirma o desastre da política econômica sob o comando de Paulo Guedes

 

Brasília, 16h01 min