Nem os economistas mais pessimistas ainda falam em ruptura na questão dos gastos

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Na conversa que os economistas tiveram na terça-feira (18/08) com três diretores do Banco Central, ficou claro que nenhum dos presentes traçou um quadro de ruptura, com o governo optando por mergulhar de vez no populismo.

Mesmo entre os profissionais mais pessimistas, como os do Santander e do BNP Paribas, nada de muito diferente da média foi observado.

Dos quase 40 presentes no encontro trimestral em São Paulo, ninguém disse acreditar na queda do teto de gastos. Os economistas acreditam, sim, que as pressões por mais gastos estão aumentando e que o presidente Jair Bolsonaro retomou parte do modelito que costumava desfilar no Congresso, de defensor de mais despesas e de Estado inchado.

Todos, sem exceção, preveem um 2021 melhor do ponto de vista econômico, a despeito das ressalvas feitas por uma ala de que o desemprego aumentará e o Brasil vai se deparar com seus problemas de sempre: baixa produtividade da mão de obra, infraestrutura deficiente e ambiente hostil aos negócios.

Brasília, 17h58min

Vicente Nunes