O Ministério Público está investigando se há uma indústria de venda de classificação de risco no país. Com base no que já se apurou sobre a corrupção que tragou mais de R$ 6 bilhões do Postalis, o fundo de pensão dos Correios, é forte a suspeita de que empresas pagam caro para ter bons ratings e mostrarem uma saúde melhor do que realmente têm.
Falhas da CVM
» Um integrante do Ministério Público afirma que há uma farra que precisa ser controlada. Ele lembra que, durante a CPI dos fundos de pensão, que acabou sem grandes punições, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) assumiu a responsabilidade sobre a fiscalização das agências de classificação de risco. Mas praticamente nada foi feito nesse sentido.
Alvo principal
» Entre as agências de classificação de risco, o maior alvo neste momento do Ministério Público é a SR Rating, de propriedade de Paulo Rabello de Castro, atual presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Em apenas uma operação avalizada pela SR, o Postalis perdeu, pelo menos, R$ 109 milhões.
Brasília, 11h06min