Morte de neto de Lula por meningite leva mães a buscarem vacinas para filhos

Publicado em Economia

MARÍLIA SENA

Um grupo de mais de 200 mães de Brasília está se organizando na internet para negociar com os laboratórios privados a redução dos preços de vacinas contra a meningite, doença que matou Arthur, de 7 anos, neto do ex-presidente Lula.

 

Foto: Ricardo Stuckert /Divulgação)

As vacinas variam entre R$ 270, no caso da meningite tipo C, e R$ 660, contra a meningite tipo B. As vacinas contra a meningite A, C, W e Y saem por R$ 430 a dose, em média. Na rede pública, é possível vacinar contra a meningite tipo C, a mais comum no país, e contra o tipo B.

 

A meningite é uma infecção que ocorre quando uma bactéria, um vírus ou um fungo ataca as meninges, membranas que protegem o encéfalo, a medula espinhal ou outras partes do sistema central. A doença causada por bactéria, como foi o caso do neto de Lula, é fulminante. A pessoa morre em questão de horas.

 

Notícias falsas

 

A morte do neto de Lula reascende o debate sobre a importância da vacinação. Nos últimos anos, embasadas por notícias falsas, de que vacinas causam doenças como o autismo, muitas mães abriram mão da proteção de seus filhos. Um absurdo.

 

 

A situação é tão grave, por causa das fake news, que o Brasil voltou a registrar casos de sarampo, com várias mortes. Neste semana, o Unicef, órgão da Organização das Nações Unidas (ONU) para proteção das crianças, fez um alerta contra os riscos do sarampo no país. Em 2018, foram notificados 10.262 casos. Em 2017, não houve nenhum.

 

Portanto, todas as mães devem ficar atentas às carteiras de vacinação de seus filhos e buscarem as redes pública e privada para colocar a proteção dos meninos em dia. Sem vacinação, os riscos de morte aumentam muito. Os especialistas dizem que os pais não podem se pautar por notícias falsas. Vacina só faz bem.

 

Brasília, 12h45min