São muitas as suspeitas e acusações contra a atual diretoria do Inmetro. Vão de assédio moral a fraudes em contratos com empresas de limpeza e de processamento de dados. Para o MPF, não há surpresa nas irregularidades, uma vez que o presidente do órgão já foi condenado em segunda instância por improbidade administrativa durante sua passagem pela Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec), como mostrou o Correio.
O descontentamento com a gestão de Azevedo é grande. Segundo funcionários do Inmetro, que está subordinado ao Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), nunca o aparelhamento político em um instituto que sempre teve gestão técnica foi tão grande. O fato mais recente a provocar polêmica foi a nomeação de Robson Alves de Carvalho, o DJ Robson Rabbit, para chefiar a área de compras do Inmetro, como informou o Blog. Mesmo sem experiência, ele está administrando um orçamento milionário.
Azevedo é muito ligado ao prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis, do MDB. A proximidade entre os dois é tão grande, que o Inmetro doou um terreno que tinha na cidade para a prefeitura. Os servidores contam que o ex-presidente do órgão Luís Fernando Panelli César foi secretário de Fazenda e Planejamento do município. Ou seja, não é de hoje que Washington Reis dá as cartas no Inmetro.
Dentro do governo, há quem diga que o presidente do Inmetro só está no cargo por ser protegido do deputado Celso Russomano, do PRB, o partido que comanda o Mdic. Ele também contaria com a simpatia do deputado Celso Pansera, do PT do Rio de Janeiro. Pansera foi ministro da Ciência e Tecnologia e Inovação no governo de Dilma Rousseff.
Brasília, 15h09min