POR ANTONIO TEMÓTEO
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, falaram de tudo hoje em um animado aomoço, mas nada deu tanto prazer a eles quanto a perspectiva de queda da taxa básica de juros (Selic) a partir desta quarta-feira.
Ilan traçou um quadro muito favorável para a inflação. Disse que o governo poderá dar boas notícias nos próximos meses, que vão favorecer muito o fortalecimento do presidente Michel Temer. Para Meirelles, a aprovação em primeiro turno na Câmara dos Deputados da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita o aumento de gastos foi a grande virada pela qual o governo estava esperando.
Agora, com a queda dos juros, a inflação corrente mais condizente com a meta anual de 4,5% e o ajuste fiscal saindo do campo da promessa é se tornando realidade, tudo ficará mais fácil. Nesse contexto, se participasse da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que começou hoje e termina amanhã, Meirelles votaria, sem medo, pelo corte de 0,5 ponto percentual nos juros, de 14,25% para 13,75%.
Brasília, 15h31min