Meirelles ameaça cartões de crédito com ações duras se não baixarem juros

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POR ANTONIO TEMÓTEO

Se os bancos não reduzirem os juros do cartão de crédito rotativo, que, em outubro, chegaram a 475,81% ao ano, o Conselho Monetário Nacional (CMN) reduzirá o prazo que as operadoras têm para repassar os recursos aos lojistas, hoje de 30 dias.

A ameaça foi feita pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, após ser questionado, em café da manhã com jornalistas, se tinha recuado na proposta anunciada no pacote de reformas microeconômicas.

Atualmente, os lojistas recebem o pagamento das compras realizadas por meio do cartão de crédito após 30 dias. Sem a queda dos juros pelos bancos, Meirelles defende que esse prazo deve ser menor e isso implicará em preços menores para os consumidores.

“Os juros são definidos pelo bancos, mas vamos observar essa queda de juros a frente. Se não houver queda, diminuímos o prazo . Isso não seria hoje. Se os bancos não baixarem os juros, o CMN toma essa decisão na reunião de janeiro”, detalha o chefe da equipe econômica.

Vicente Nunes