Dentro de seu projeto de acalmar os investidores e ampliar as alianças que lhe garantam a vitória nas eleições presidenciais de outubro, o ex-presidente Lula tem dito a aliados que, caso chegue novamente ao Palácio do Planalto, terá diálogo aberto com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que tem mandato até 2024.
Na avaliação de Lula, Campos Neto é um ótimo técnico e, certamente, saberá separar o papel de presidente do Banco Central com o de apoiador de Jair Bolsonaro. O petista acredita que um Banco Central fortalecido, como ocorreu nos seus dois mandatos, será fundamental para o controle da inflação e para a queda dos juros.
Não há, portanto, porque comprar briga com a autoridade monetária num momento em que a instituição precisará de autonomia para manter a credibilidade do controle da inflação. Lula acredita que, superado o desafio das urnas, começará o mandato com uma boa janela para o BC reduzir a taxa básica de juros (Selic).
Brasília, 15h01min