A deterioração dos resultados do Banco de Brasília (BRB) é visível. Balanço divulgado pela instituição mostra que o lucro líquido acumulado nos nove primeiros meses de 2023 somou R$ 118,6 milhões, um tombo de 50,5% em relação ao ganho de R$ 239,4 milhões computado em igual período de 2022.
Com isso, o retorno sobre o patrimônio no período foi de apenas 4,8%, muito distante do observado entre os maiores bancos do país, com índices mais próximos de 15%.
Diante dos números acumulados entre janeiro e setembro, será quase impossível para o BRB encerrar o ano com lucro líquido projetado de R$ 353,6 milhões e retorno patrimonial de 15,1%.
Os resultados do Banco de Brasília só não foram de todo ruim porque, no terceiro trimestre do ano, o lucro líquido de R$ 76,4 milhões superou o ganho de R$ 59,3 milhões assinalado nos mesmos três meses de 2022.
É importante ressaltar que os demonstrativos financeiros do BRB referentes a 2022 e aos primeiros seis meses deste ano estão todos contaminados pelos ajustes determinados pelo Banco Central.
A autoridade monetária constatou uma série de lançamentos indevidos como receitas que, num primeiro momento, inflaram os resultados do BRB. Depois de corrigidas as distorções, a realidade foi uma sequência de prejuízos.
Vale destacar que, mesmo corrigindo as irregularidades, o BRB continua na mira do Banco Central, que está olhando com lupa todos os números da instituição. Os fiscais da autoridade monetária não querem deixar passar nada que possa demonstrar uma saúde que o BRB não tem.