Para Dyogo, “os juros mais baixos permitirão que as pessoas possam abrir espaço no orçamento para o consumo, para a construção ou para uma reforma. Também ajudarão a reduzir as despesas financeiras com dívidas”. Segundo ele, para os servidores, a taxa anual do consignado caiu 4,7 pontos percentuais, de 34,5% para 29,8% ao ano. “Esse tipo de medida ajudará na recuperação das economia”, ressalta.
Na avaliação de Dyogo, é muito importante que o consumo das famílias recupere o fôlego, já que representa, do lado da demanda, mais de 60% do Produto Interno Bruto (PIB). “Estamos confiantes de que há espaço para a recuperação do consumo das famílias. É visível a melhora no ambiente econômico. As pessoas já estão percebendo no dia a dia que a situação está melhor”, enfatiza. Para ele, também a liberação de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) está contribuindo para a virada no quadro econômico.
Inflação
O ministro diz estar confiante na continuidade da queda da inflação, o que permitirá que a taxa básica de juros (Selic) definida pelo Banco Central possa baixar mais. Ele afirma que, num primeiro momento, os bancos não repassaram aos consumidores a diminuição da Selic, porque as instituições financeiras tiveram que lidar com problemas sérios, causados pela inadimplência nos empréstimos de grandes empresas.
Agora, com a casa arrumada, Dyogo ressalta que chegou a hora de os bancos repassarem às famílias a baixa da Selic. O mercado está apostando que a taxa básica, de 12,25% ao ano, cairá um ponto percentual em abril. “A Selic é apenas um parâmetro para a formação do custo do dinheiro. O que importa são os juros cobrados das pessoas, e esses precisam cair. Nós estamos reduzindo os do consignado”, frisa.
Para os aposentados e pensionistas do INSS, o teto dos juros do consignado cedeu de 32% para 28,9% ao ano ou de 2,34% para 2,14% ao mês. “A nossa percepção é de que, com a redução do endividamento das famílias, teremos um fim de ano bem melhor”, conclui.
Brasília, 19h15min