ANTONIO TEMÓTEO
O presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, voltou a destacar que o processo de queda de juros e da inflação só foi possível após uma mudança de direção da política econômica e uma atuação firme da autoridade monetária, que não se deixou influenciar pelas pressões de empresários e de parte do mercado. Ilan é um dos palestrantes do seminário Correio Debate – Desafios para 2018, organizado pelo Correio Braziliense.
Conforme ele, no ano passado, o BC tomou a decisão de levar o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para o centro da meta, de 4,5%, e esperou a ancoragem das expectativas antes de começar a reduzir os juros. “Fizemos isso e não o contrário. Acreditamos que isso levou, em parte, a queda da inflação”, destacou.
Para 2018, o chefe da autoridade monetária destacou que as perspectivas são de inflação controlada, crescimento da economia e, possivelmente, uma nova queda de juros em fevereiro. Entretanto, o presidente do BC alertou que a redução da taxa depende manutenção das condições macroeconômicas. “Os riscos são de os ajustes e reformas não continuarem, combinado com uma piora do ambiente internacional”, disse.