Juro real do Brasil é o 8º maior do mundo em ranking elaborado pela Infinity

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ROSANA HESSEL

Com a manutenção da taxa básica da economia (Selic) em 2% ao ano, o menor patamar da história, os juros reais brasileiros ficaram na 8º colocação em um ranking de 40 países elaborado pela Infinity Asset Management.

De acordo com o economista-chefe da Infinity, Jason Vieira, o ranking é elaborado considerando a taxa Selic projetada para os próximos 12 meses, descontando a inflação estimada também para os próximos 12 meses que consta no boletim Focus, do Banco Central, de 4,3% ao ano.  Logo, pelos cálculos da instituição, a taxa de juros reais do Brasil está em -0,19% ao ano, acima da média de -1,28%.

A lista é liderada pela Turquia, com juros reais de 2,44%, e com a Indonésia em segundo lugar, com juros reais de 1,56% ao ano. Na sequência, Rússia, China e México com taxas anuais de 1,18%, 0,88% e 0,68%, respectivamente. Na lanterna, a Argentina ficou com a menor taxa de juros real, de -11,64%.

“Os efeitos deflacionários da covid-19 perderam ainda mais força e a inflação de 12 meses já desenha um cenário de preços mais pressionado do que aquele observado no auge da pandemia, assim como a inflação de 2021 ganha força nas medidas, assim ganha força a perspectiva de alta de juros, o que afeta os vértices da curva e termina por precificar uma taxa de juros reais mais modesta, quando comparado aos cenários anteriores”, destacou Vieira, no estudo. Ele prevê a Selic encerrando o ano em 4% anuais.

No ranking de juros nominais, o Brasil ficou em 10º lugar entre os 40 países listados que possuem uma média de 2,33% ao ano. A Argentina, com taxa básica de 38% ao ano, lidera a lista, seguida pela Turquia, com 17%. Índia, China, México e Rússia vieram na sequência, com juros nominais de 6,40%, 4,35%, 4,25% e 4,25%, respectivamente.

Vicente Nunes