POR ANTONIO TEMÓTEO
O resultado do Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que subiu 0,38% em fevereiro, reforçou as apostas dos analistas de que o Comitê de Política Monetária (Copom) reduzirá os a taxa básica de juros (Selic) em 0,25 ponto percentual, para 6,5% ao ano, na reunião marcada para 20 e 21 de março.
Até lá, os diretores do Banco Central (BC) já terão acesso ao resultado da inflação fechada de fevereiro, que será divulgada em 9 de março pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na avaliação do diretor de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco, Fernando Honorato Barbosa, o resultado do IPCA-15 reforçou o cenário benigno para a inflação do ano.
Conforme ele, a abertura do índice mostrou nova desaceleração dos núcleos de inflação. “Na nossa avaliação, esse comportamento coloca um viés baixista para nosso cenário de inflação neste ano (3,9%) e aumenta a probabilidade de um corte adicional na reunião do Copom de março”, comentou.
Nas contas da economista-chefe da Rosenberg Associados, Thaís Marzola Zara, o IPCA terá alta de 0,27% em fevereiro. Conforme ela, a expectativa parte da premissa de arrefecimento adicional do preço dos alimentos e combustíveis. “Caso o ambiente internacional continue benigno, como temos testemunhado nos últimos dias, esta inflação mais baixa do primeiro trimestre do ano pode levar o BC a um derradeiro corte da Selic na reunião de março”, afirmou.