ROSANA HESSEL
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para as famílias mais pobres e é a base de cálculo para o reajuste do salário mínimo, teve alta de 0,46% em janeiro, abaixo do avanço de 0,69% registrado no mês anterior, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quinta-feira (9/2).
O indicador da carestia para as famílias com renda de até cinco salários mínimos, acumulou alta de 5,71%, nos últimos 12 meses encerrados em janeiro, abaixo dos 5,93% observados no mesmo período até dezembro de 2022. Em janeiro do ano passado, a taxa subiu 0,67%.
A variação do INPC de janeiro ficou abaixo da alta de 0,53% registrada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação para as famílias com renda acima de cinco salários mínimos.
De acordo com o IBGE, a carestia dos produtos alimentícios, que mais pesam no INPC, registrou desaceleração, passando de 0,74%, em dezembro de 2022, para 0,52% em janeiro deste ano. A alta dos produtos não alimentícios, de 0,44%, em janeiro, seguiram movimento similar, desacelerando em relação ao avanço de 0,67%, do mês anterior.
O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília. Apenas duas capitais tiveram variação negativa em janeiro entre as 16 áreas pesquisadas. O menor resultado foi em Recife (-0,08%), puxado pelas quedas nos preços da gasolina (-3,69%) e dos perfumes (-5,33%). São Luis registrou queda de 0,04%. Já a maior variação foi registrada em Salvador, de 0,95%, influenciada pelas altas de 7,99% na energia elétrica e de 6,34% na gasolina, destacou o órgão agora ligado ao Ministério do Planejamento e Orçamento.