ROSANA HESSEL
Enquanto a inflação oficial medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) avançou 0,87% no Brasil no mês de agosto em relação a julho, em Brasília, a carestia ficou bem acima da média nacional. Subiu 1,40%, puxada pelo aumento dos preços na gasolina. Essa taxa foi a maior entre as 16 capitais pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Conforme os dados do órgão ligado ao Ministério da Economia, os maiores vilões para a forte alta do IPCA em Brasília foram os combustíveis e a energia elétrica. A gasolina e o etanol tiveram as maiores variações no mês de agosto, saltando 7,76% e 7,09%, respectivamente, na capital federal. A energia elétrica registrou alta de 3,67% na cidade sede do governo nacional.
Enquanto isso, a menor variação entre os municípios pesquisados ficou com a região metropolitana de Belo Horizonte, onde o IPCA subiu 0,43%. Segundo o IBGE, esse dado ocorreu por conta da queda nos preços das passagens aéreas, (-20,05%) e da taxa de água e esgoto (-13,73%).
No acumulado do ano, o IPCA em Brasília registrou elevação de 5,56% e, em 12 meses até o mês passado, o salto foi de 8,61%. Esse percentual, no entanto, ficou abaixo das sete capitais que registraram alta de dois dígitos na inflação acumulada em 12 meses até agosto. São elas: Vitória (11,07%), Curitiba (12,08%), Campo Grande (11,26%), São Luís (11,25%), Porto Alegre (10,42%), Rio Branco (11,97%) e Fortaleza (11,20%).