AlimentosInflacao Foto: Carlos Moura/CB/D.A Press

Inflação dos mais pobres recua 0,32% em setembro

Publicado em Economia

ROSANA HESSEL

 

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação das famílias mais pobres, com renda de até cinco salários mínimos, registrou queda de 0,32%, em setembro, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta terça-feira (11/10).

 

A deflação do INPC foi maior do que a do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que recuou 0,29% no mês passado. A queda nos preços dos alimentos, que mais pesam no cálculo do INPC foi um dos principais fatores para o resultado do indicador em setembro, de acordo com os dados do IBGE.

 

No ano, o INPC acumula alta de 4,32% e, no acumulado em 12 meses, registrou desaceleração da carestia para as famílias mais pobres, passando de 8,83%, em agosto, para de 7,19%, no mês passado. Em setembro de 2021, o índice registrou alta de 1,20%.

 

Conforme dados do IBGE, a queda de 0,51% nos preços de produtos alimentícios foi um dos principais fatores para o resultado do INPC. Em agosto, esse grupo registrou alta de 0,26%. Já os preços dos produtos não alimentícios continuaram caindo (-0,26%), embora o recuo tenha sido menor que o do mês anterior (-0,50%).

 

Nos índices regionais, duas das 16 capitais pesquisadas registraram alta de preços em setembro. A maior variação ficou com Vitória (0,21%), puxada pelas altas de 13% da taxa de água e esgoto e de 5,01% na conta de luz. A menor variação foi observada em Porto Alegre (-0,66%) em função das quedas de 9,04% nos preços da gasolina e de 17,94% nos preços do leite longa vida.

 

Para o cálculo do indicador de inflação mensal, foram comparados os preços coletados entre 30 de agosto a 28 de setembro de 2022 (referência) com os preços vigentes no período de 29 de julho a 29 de agosto de 2022 (base). O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de um a cinco salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange 10 regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.