Índice SumUp: atividade de microempresas chega ao pior patamar desde 2015

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ROSANA HESSEL

A inflação oficial de dois dígitos — que acumula alta 10,25% até setembro — está fazendo um estrago para os negócios de microempresas, autônomos e informais maior do que o feito pela pandemia da covid-19.

Conforme dados do Índice SumUp do Microempreendedor (ISM), divulgado nesta segunda-feira (1º/11), houve queda de 5,52% em setembro na atividade, levando o indicador para 72,48 pontos. É o menor patamar do indicador em toda a série histórica, iniciada em janeiro de 2015.  Em relação a setembro de 2020, o recuo foi maior, de 15,64%, conforme o comunicado da companhia.

“O ISM é muito importante para desenhar um retrato do varejo focando no desempenho de uma parcela enorme da população, que é essencial para a economia nacional. Segundo o último levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), hoje, existem mais de 24,5 milhões de brasileiros que se enquadram na categoria de microempreendedor. Infelizmente, os números do ISM mostram que a situação econômica na base da pirâmide segue complicada”, comenta Carlos Grieco, diretor de meios de pagamento da SumUp, em nota divulgada pela empresa.

O ISM contabiliza dados de negócios de todos os estados brasileiros e de mais e 30 ramos de atividades distintas. Os dados do Índice funcionam como um importante indicador econômico para o País, uma vez que a crise e o desemprego impulsionaram a abertura de 1,4 milhão de empresas nos primeiros quatro meses de 2021, 80% delas MEI (Microempreendedor Individual), de acordo com a Serasa Experian.

Vicente Nunes